sábado, 16 de abril de 2011

Ossos do ofício

Penny? Penny? Penny?



Calma! Quem dizia ao Autoramas agora repete à mim:
Paciência/paciência/Só me dizem para ter paciência.Não é algo simples e essa semana tive inúmeras razões para literalmente surtar. E surtei! Apesar de ter ajudado a externalizar algumas coisas não sei ainda se foi a melhor forma de tentar resolver as situações.
Talvez a Penny é que esteja certa, aguenta o Sheldon e ainda faz aquela cara de paisagem... talvez eu tenha que ter realmente mais paciência.
Acho que fui tanto tempo "certinha" que agora não tenho nem mais o direito de surtar e as pessoa vêem como se eu fosse um ser totalmente equilibrado que nunca perde as rédeas e muito menos o controle da situação.
Pois é galera, mas me avisaram de uma coisa essa semana... perfeição, perfeição... Não vai rolar...

Então me dei o direito de surtar!

Eu to tentando muita coisa ultimamente. Tentando entender muita coisa, to tentando entender o que é isso, treinando para os próximos obstáculos, tentando ser feliz, encontrar respostas... Não tenho muitas delas ainda, mas pelo menos aprendi uma coisa. Eu não preciso ser ponderada em tudo. E a raiva faz parte de todo o processo, mas ainda assim aprendi a me acalmar!

Qual a palavrinha mágica??? Download! Sim... e aí está um link com todos os episódios de alguém que pode irritar muito a Penny, mas me traz muitas risadas!
http://www.downtudo.com/listaserie/29/The-Big-Bang-Theory

domingo, 10 de abril de 2011

O Bloco do Eu Sozinho



Isso tudo sempre faz sentido pra mim e tudo é aprendizado. Quero fugir um pouco das constantes reflexões que fazemos por aqui e contar um pouquinho do porquê essa leveza invadiu de novo um espacinho em mim.

Consegui um final de semana muito, muito bom. Algumas oportunidades me foram dadas e vi que amizades são laços fortes, voltei a ter um pouco mais de fé nas pessoas...
Vi que a música nunca vai acabar, e as palavras nunca deixarão de fazer sentido. Alguns olhares doces, abraços quentinhos, bichinhos brincando sozinhos, a brisa fria no meio da noite, essas coisas me fazem perceber que não há tempo a perder. A vida não vai parar pra que você se reconstrua em seu equilíbrio perfeito, essa adaptação pode ser lenta, porém, deve acontecer de forma contínua...
Percebi que a gente não precisa estar só para se sentir sozinha, e estar com alguém não quer dizer que todas suas necessidades estarão preenchidas. Encontrei a única pessoa que sempre estará comigo e só dela depende a minha felicidade. Não sabia que eu poderia ficar comigo mesma, e não acreditei que eu sou muito mais do que eu mesma imaginei.

Sempre dei conselhos às minhas amigas quando um final de relacionamento era iminente. Mas notei que quando me vi precisando, eu mesma não os seguia. Me surpreendi como eu - alguém que tanto busca auto conhecimento - poderia me conhecer tão pouco.
Como eu costumo dizer para meus amigos: PÁRA TUDO! Tá errado isso aí! Vamos lá. Eu sou quem mais importa, e sempre faço o contrário. É difícil desenvolver amor próprio, porque não nos conhecemos de fato, isso porque ficar sozinho é bastante incomum, é fácil esse momento ser "perturbado". Basta o telefone tocar, ligar o computador ou parar na frente da TV e lá se foi seu tempinho com você mesmo.

Não dá pra construir nada em cima de terreno macio, é importante ter uma base sólida para essa "reconstrução". Não digo que irei virar eremita, morar em cima de uma montanha e viver de sol. Não! Mas estar comigo mesma agora é importante, e eu nem podia imaginar como eu gosto da minha companhia. Algumas pessoas costumam me dizer que isso é estranho, mas eu gosto de fazer muitas coisas sozinha, desde correr até ir ao cinema domingo à tarde. Não que eu não tenha outras companhias. Tenho! E nessa fase da minha vida elas se revelaram muito importantes também, mas pra alguém gostar de estar com a gente é preciso primeiro que nós mesmos enxerguemos quão boa é nossa companhia. E revelo a vocês, eu sou mais interessante do que acreditava ser há um tempo atrás.

Não achem que de repente essa semana dissolveu todos meus problemas... não. Mas estou encontrando a resposta mais perto que achava estar...



''Eu vou mal e irei pior ainda mas aprendo pouco a pouco a ser só, e isso já é alguma coisa, uma vantagem, um pequeno triunfo.''


Frida Kahlo

segunda-feira, 28 de março de 2011

O amor na era digital



Hoje em dia é difícil apagar alguém da sua vida. Essa pessoa está vinculada a você em pelo menos 7 tecnologias diferentes. E não podemos apagá-la!
Acho que no fundo temos medo porque depois de "esquecer" alguém no mundo virtual, dificilmente vamos encontrá-la andando por aí, como gente normal costumava fazer. Hoje em dia se vive atrás de muitos clicks, e através deles sabemos interagir, somos mais charmosos e com pouco medo.
Quanto mal pode fazer um enter? Uma visitinha rápida no perfil, só pra saber como está... só hoje! Só um scrap, uma mensagem, um e-mail... Essas coisas todas parecem não fazer mal algum. Mas no fundo é isso que não nos deixa seguir em frente.
Lembro de um tempo em que não era tão fácil assim. Não interagíamos através de redes sociais, não tínhamos "998 amigos". Não sabíamos o que as pessoas faziam sem perguntar. Fazíamos reunião para ver as fotos das férias de todos, elas não era publicadas no universo paralelo do facebook, orkut.
As "cutucadas" eram ao vivo, "curtíamos" juntos e vivíamos perto de quem gostavámos. Não colecionávamos amigos...
Era mais fácil, quando não queríamos mais alguém em nossa vida, cada um seguia seu caminho e pronto! Agora não...
Gosto do antigo, sou aquela pessoa que ainda vai alugar filmes em locadoras, ainda tenho carteirinha da biblioteca municipal e a carrego comigo. Gosto de livros, do cheiro, das páginas amarelas, gosto de andar de ônibus mesmo tendo carro, gosto de rádio, lp's e vídeo cassete, rebobinar os vhs antes de entregar, gosto de brigadeiro de panela. Acho que algumas tradições caminharão pra sempre conosco e mesmo assim podemos seguir em frente.
As coisas mudam, os tempos são outros e acabamos cedendo a tudo isso. Lógico, trouxeram as pessoas pra mais perto, de uma forma ou de outra.
A minha dúvida é: e quem não queremos mais perto? Ficará pra sempre há um click de distância?? Ou é só dizer que ela está offline?

quinta-feira, 17 de março de 2011

11:11


Alguma coisa se perdeu no meio do caminho. Eu tô aqui! Você tá me vendo, né?!

Passou por mim, como se nada nunca tivesse feito sentido pra nenhum dos dois...

Peralá. As coisas não são assim. Definitivamente! O desenrolar da história pode não ter tido um final feliz. Mas também, quem disse que pra ser feliz, tudo tem que acabar com um "... e então ELES viveram felizes para sempre". Não desfaz o que vivemos. Olhar para trás e dizer que não vê nada é mentira. Agir como se nunca tivesse existido ou dizer que não faz mais sentido agora é hipocrisia.
Não é como queríamos que fosse e incorporando "Epitáfio" dos Titãs eu diria exatamente, que teria amado mais, discutido menos e econtrado mais tempo pra ver o sol se pôr...
Agir dessa forma agora não é algo prudente, pelo menos não pra mim. São tantos conflitos internos que não pareço pertencer a esse mundo, e então me deparo com essas situações. DEFINITIVAMENTE não sou como os outros! Afinal, de todas as pessoas com as quais me envolvi de maneira mais profunda e que também se deixaram envolver com uma certa reciprocidade de sentimentos, não alimento nenhum tipo de raiva ou rancor.
É infantil, da mesma forma, dizer que não te quero mais. Parece coisa de criança: ... "então tá, você não quer me dar essa figurinha? eu nem queria mesmo. tá toda velha e suja... prefiro as minhas!"

Sabe, não é só porque não quero mais brincar com aquela boneca, que ela passa, instantaneamente, a não ser mais divertida. Talvez só não seja agora, o momento dela brilhar, talvez agora existam coisas maiores do que isso.

Esnobar o que não é mais seu, agir com indifereça... Espero que isso seja momentâneo. Caso contrário eu realmente me enganei muito e você não é quem eu pensei que fosse.
A gente nunca conhece até conhecer de fato e são nos momentos de crise que o íntimo se estabelece. Mas não acredito que só pelo simples fato de duas pessoas não estarem mais juntas, indique diminuição de amor, de sentimento.
O afeto continua o mesmo, só o momento que passou, e talvez volte... Ou não! Com outras pessoas... ou não...

O fato de eu ser tão diferente e mal alocada aqui, nesse mundinho, é que me faz pensar: todo mundo constróe uma realidade totalmente distinta do que realmente é.
Passam-se anos dizendo que tudo só fará sentido quando encontrarmos e vivermos um grande amor, que a vida só será bela ao lado dele. Que nossa metade da laranja está aí em algum lugar e devemos encontrá-la a qualquer custo, independente de qualquer coisa. E isso não pode demorar muito é claro, porque o amor sempre vem antes dos 30...
Quem não está nem aí pra essas coisas e se concentra em viver sua vida dedicando-a aos estudos e ao trabalho é taxado de careta, quem curte a vida e acha que tudo isso é uma grande desculpa pra se divertir, é fútil. Os bonitos nunca ficam sozinhos, casamento é prova de amor, duas criaturas que vivem juntas devem pensar igual, agir igual e nunca discutir.

Todas essas fórmulas de amor são totalmente inúteis e o que ninguém nos conta é que não existe esse negócio de tampa da panela, chinelo velho pra pé cansado, e metades de laranjas.
Somos um ser único e devemos nos respeitar como tal, viver pra gente, e não nos preocupar em como seremos "taxados" pelos outros. Todos são taxados de alguma coisa e ainda assim é melhor do que viver preocupado em julgar os outros pra nunca ser julgado.
Ninguém conta, mas ser igual, concordar em tudo, fazer somente o que a outra pessoa gosta, não é agradar. Isso tem outro nome: ANULAÇÃO!
Por isso, já que sempre fui, vou continuar sendo diferente e assumo aqui perante todos, que a falta é absurda e que se desapegar dói, dói demais. Amor é coisa que não some da noite para o dia. Ainda penso muito, ainda vejo as horas repetidas, ainda está em meus sonhos, há muitos cheiros, muitas músicas e muito que me lembra você. Mas embora a dor seja inevitável, o sofrimento é opcional e não sou vítima de nada, nasci completa, inteira e não deposito minha felicidade em ninguém. Portanto, faça como achar melhor, se é assim que você pensa ser o certo... tudo bem. Sigo agindo com a prudência dos meus pensamentos.

Ah, antes que eu me esqueça, ninguém nunca vai contar isso pra vocês. Cada um tem que descobrir sozinho...

E como diria um grande homem: "quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém".

[John Lennon]

quinta-feira, 3 de março de 2011

Sunrise, sunrise

Sunrise, sunrise
Nascer do sol, nascer do sol

Couldn´t tempt us if it tried
Não poderia nos deter ainda que tivesse tentado

Cuz the afternoon´s already come and gone
Porque a tarde já começou e terminou


[Norah Jones - Sunrise]



A primeira coisa que me vem à cabeça nesse momento é você. Não sei ao certo porque algo tão íntimo meu pode ser tão parecido com você, porque algo que me descreve perfeitamente pode me lembrar tanto teu rosto.
Sempre fui um ser totalmente insatisfeito, procurando sempre mais, sempre algo melhor. E ver meu mundo ruindo é inaceitável pra mim, especialmente quando isso se refere a algo que não precisava mudar.
Quebro a cabeça pensando em como fazer tudo voltar a ser como era antes, mas é melhor não pensar tanto. Mais dia, menos dia tudo vai se resolver. Não importa como está o tempo lá fora, uma hora o mau tempo aqui de dentro vai passar...
Escrever sempre foi algo que me acalmou muito, engraçado... Não gosto de levar minha tristeza comigo, principalmente para outras pessoas, se estou triste não gosto de compartilhar, se alguém escuta acaba saindo tudo de uma vez e acredito que ninguém entende nada, o melhor é esperar passar.
Mas me confundo, como eu que sempre estive no meio da multidão, poderei agora me isolar? Poderei então me sentir sozinha?

É fácil ser triste, sentir pena de si mesma, é confortável pensar que se algo está ruim, se tudo está dando errado é porque alguém aí fora aprontou alguma. É cômodo pensar que a única pessoa inocente e injustiçada é você. O fato é que na verdade ninguém vai responder por você e realmente estamos mais sozinhos do que pensamos. Isso esclarece algumas coisas.

Lógico, seria tudo mais fácil se de repente estivéssemos saído de um livro de romance, daqueles bem vagabundo em que na primeira frase já se sabe que a mocinha e o mocinho serão felizes para sempre. Seria muito mais fácil mergulhar junto com Alice em um país cheio de maravilhas. Seria bem mais fácil... mas que graça teria? Não gosto previsível e o óbvio não me atrai (lembra?).

Algumas decisões precisam ser tomadas e me sinto bem. Pensar que tudo é mutável, e que dentro de alguns meses tudo pode ser diferente, isso me anima, me fortalece. As coisas que antes me faziam derramar lágrimas e mais lágrimas, hoje me fazem melhor, me fazem ser mais.
E isso é algo que eu estava precisando, me sentir forte. As pessoas te reprimem e fazem acreditar que você não é importante.

MENTIRA!
Mas não precisa acreditar em mim, espere e logo virá a parte em que ela diz "Surprise, surprise"...

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pra viajem, por favor!


Quando tudo parece estar errado e a única chance de dar certo te vira as costas e você se sente mais uma vez fracassada. Quando a única saída é juntar os caquinhos que restaram e seguir em frente, porque o mistério é simplesmente esse... Seguir em frente... Quando você acha que seu limite está chegando e que você não vai mais aguentar... De repente, uma porta se abre e você vê entrar mais uma chance para ser feliz.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Família-ê, família-á, família...

Família é um negócio complicado, eu que o diga. Aquela gente toda reunida em uma casa de dois quartos... É complicado sabe, pensar que não importa o tamanho da casa, ela sempre será pequena demais para todos nós!
Lidar com gente nunca é uma tarefa fácil, mas com família o buraco é sempre mais embaixo. Fico pensando como tudo seria tão perfeito se não fosse assim, me pergunto tantas vezes, "porque tem que ser tão difícil?". A resposta nunca aparece e eu continuo a sonhar com todos tomando café-da-manhã juntos, assistindo TV e conversando sobre coisas que você não conta pra mais ninguém.
É óbvio que não tenho isso, e provavelmente você também não. Talvez a gente tenha é que realmente perder essa mania... De procurar a perfeição.