domingo, 16 de setembro de 2012

Meu coração é um músculo involuntário


e ele pulsa... por você




Olá. Alana. Danilo. Thalita. Não sabemos ainda... Eu e seu pai não conseguimos nos decidir. Mas quando soubermos o que você é, vai ficar mais fácil... Ou a briga mais acirrada, vai saber...

Se você for menina seu pai não vai abrir mão de Alana, ele já me disse que seria teu nome desde o primeiro encontro que tivemos. Mas você já deve ter notado nesses 3 meses, que pedindo com jeitinho ele abre mão das coisas que mais gosta por nós. Talvez porque nos ame muito mais.
Eu arrisco a dizer que você é um menino, mas minha família é marcada por muitas mulheres, se a genética prevalecer né. Seu pai acha que você é uma menininha, talvez ele queira alguém pra proteger. Mas do quê? A gente pode saber? Mas não se chateie, ok? Nós vamos encontrar uma solução pra isso.
Bem, não sei como começar, primeiro que é estranho falar com a minha barriga. Sabe, isso é difícil. Os enjôos, dores de cabeça, as manchas na pele, vaidade é uma coisa que não cabe mais, aliás, poucas coisas cabem em mim nessa fase. As roupas já eram, mas isso é só o começo da maternidade. Ser mãe não é coisa fácil. Mãe. Que troço esquisito pra quem ainda come sucrilhos no café da manhã.
Mas vai ficar tudo bem. Nós não planejamos você, mas aconteceu. Primeiro eu tive uma crise imensa, até contar para os seus avós. Um dia te explico direitinho, mas foi neles que encontrei força.
Teu pai não ajudou muito no começo, vibrava de alegria o tempo todo e eu numa angústia danada. Além disso ele não estava aqui o tempo todo. Bom, agora ele também não está, mas ele teve que viajar e vai voltar logo, enquanto isso a gente aproveita pra se conhecer melhor, né?!
Apesar de todo medo no começo, nunca tive dúvidas de que precisava de você, talvez mais que você de mim. Desde o primeiro ultrassom, onde pude ouvir seu coração, percebi que você pode me ensinar muitas coisas. Coisas que talvez não pudesse aprender sozinha e há um monte de coisas que eu preciso saber. Como ser menos egoísta, menos inconsequente, por exemplo.
Bem, você deve ter percebido que estou confusa quanto ao meu papel nessa. As coisas vão mudar, eu sei, mas acho que vou me sair bem. Dizem que, agora sim, vou conhecer o verdadeiro amor.  E confesso, estou muito curiosa e trêmula. Talvez eu diga muita coisa daqui até seu parto, e pode ser que nem tudo seja agradável de se ouvir. Mas é que eu ficarei muito assustada. Tudo bem pra você?
Mas, pulando essa parte a gente vai sair do hospital e conhecer o mundo, já tento te mostrar algumas coisas, mas é pura ansiedade.
Começamos uma poupança pra você, não tem muita coisa ainda, mas com certeza já dá um McLanche Feliz. O que você acha? Prefere batatas fritas? O que você quer agora? Talvez sair com seu pai e sua mãe pra passear no shopping?
Você vai gostar dos seus avós, e deixa eu te contar algumas coisas sobre meus pais. Da sua avó você pode conseguir qualquer coisa se mostrar que a ama, e se conseguir fazer o vovô rir, ele te trará sorvete depois.
E provavelmente você conhecerá sua bisavó, ela mora na casa da vovó hoje e está bem velhinha, mas também pudera, carrega o peso de quatro gerações nas costas. Ela é legal, mas vai perguntar teu nome toda vez que lhe ver.
Já estou escolhendo a música que vou cantar quando você começar a espernear. Quando você começar a se mexer vou fazer os testes de quais te acalmam e de quais te animam mais.
Não ganhamos muitos presentes ainda, mas é porque você ainda está muito pequeno, ou pequena. A vovó está comprando muitas coisas, ela já ama muito você, viu?!
E o papai já comprou um uniformizinho do corinthians. Tá, sei que você pode até não gostar disso mais pra frente. Mas tenha calma com ele... E sorria sempre que ver as suas fotos com a roupinha. Temos um trato?
Não será perfeito o tempo todo. Haverá dias que você vai berrar sem parar e eu vou implorar pra você começar a falar agora mesmo, e diga afinal o que é que você quer. Mas tudo bem, a gente sempre vai fazer as pazes e assistir o que você escolher.
É, nós adultos somos complicados mesmo, na maioria das vezes a gente não sabe direito o que está fazendo.
Mas não se preocupe, vamos amar você infinitamente. Como assim, quanto é infinito? Infinito é infinito. É tudo. É pra sempre. É sem fim. É uma coisa que não dá pra contar nos dedos. Nem na calculadora? Não, nem na calculadora, meu amor.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Uma questão de valores

Sabe quando você tem saudade, mas pensa que não deveria voltar? Pois é, meu afastamento têm motivos. Alguns bons, outros nem tanto... Mas mudanças não são fáceis! Né?
Sempre que entro em conflito tenho uma tendência bem leve de me auto flagelar (ok, apaga o "bem leve"), com direito a questões melodramáticas como: Porque eu? Tudo dá errado pra mim! Quando serei feliz? Porque me importo tanto, enquanto outros parecem nem ligar?
E outras coisinhas que me garantiriam uma excelente e promissora carreira de atriz.
Mas não me cabe mais esses estresses tão comuns. Sei, sei... Sempre digo isso. Realmente, toda segunda-feira digito mentalmente um discurso, onde serei uma fiel seguidora de Dalai Lama e pregarei pelo mundo palavras de paz.
Tudo bem, ser calma e tranquila não combinam tanto comigo. Mas é que já não é por mim, entende?
E depois que parei pra pensar, não há problema suficientemente grande que mereça o nível de estresse com que eu me envolvo.
Costumava dizer um amigo meu:

Se têm solução, uma hora vai acabar dando certo. E se não tem... Pra que esquentar a cabeça??

Prova mais concreta que uma hora ou outra as coisas acabam se encaixando eu não vou encontrar. É quase emocionante ver como o quebra-cabeça se monta sozinho. Claro, se apavorar e chorar feito criança é sempre uma opção, reclamar a falta de sorte é até elegante. Mas lembre-se, as coisas têm o valor que você colocar nelas.
E calma, não vamos resolver nada com a cabeça quente. Com as opções e mente abertas, fica bem mais fácil decidir!

terça-feira, 24 de julho de 2012

A emenda pode sair pior que o soneto.

Às vezes querer ser muito detalhista, muito perfeitinha está longe de ser o melhor a se fazer. Algumas coisas na vida dão errado, algumas coisas simplesmente fogem ao controle e não há motivo para cair em desespero.
Tá certo que pedir para não entrar em absoluto colapso porque os planos deram uma desviadinha, é muito pra mim. Sou certinha, cheia de planos, mil ideias para cumprir. Mas nem sempre dá!
Algumas vezes têm que deixar a maré levar e ela leva pra onde há calmaria, isso é comprovado - não sei por quem, nem onde está, mas é comprovado sim!!! - Uns reagem melhor que outros, quem você imaginava gritar, te abraça. Quem você achava que ia demorar anos pra saber, te liga. E assim segue o fluxo...
Acho que nunca vou esquecer de uma das minhas aulas da auto-escola. Lá estava eu - odiando tudo profundamente, suplicando para que a instrutora parasse de gritar ou então que pelo menos sua cabeça explodisse em mil pedacinhos - tentando desviar do meio fio e ultrapassar os 30Km/h, quando: fecha o sinal.
- REDUZ A VELOCIDADE!! PÁRA!!! - diz ela.
Reduzindo e parando.
Percebo que tem uma rotatória, mas que ninguém faz a bendita. O que eu faço????? (Lembram do desespero? Apresento-lhes).
- O que eu faço ali na frente?
- TEM UMA ROTATÓRIA.
- Sim, mas os carros não vão fazer a rotatória - e respiro fundo.
- MAS É UMA ROTATÓRIA.
Respito mais fundo ainda.
O sinal abre e como previsto os carros não fazem a rotatória.
- SEGUE O FLUXO!!! - diz ela.
E sabe de uma coisa? Eu segui! Sabia que era uma rotatória e que não deveria cortar por dentro. Queria mais do que tudo na vida, mais do que tirar a carteira de motorista, dar na cara daquela instrutora horripilante.
Mas, eu segui o fluxo...
Não que tudo na vida deva ser deixado por conta do "destino", mas em alguns momentos não há muito o que possa ser feito.
Agora o mais justo é deixar que o rumo seja tomado e curtir o fluxo dos ventos frescos!
Acho que mesmo aos berros a tal mulherzinha me ensinou alguma coisa enfim. Talvez não muito sobre direção, mas sobre respirar fundo e deixar que as coisas sigam o fluxo e nos conduzam à dias melhores.
  

sábado, 16 de junho de 2012

Olhe para os dois lados antes de atravessar.


O desespero resolveu me fazer uma visita. Nada mais natural. Afinal, as coisas andavam calmas demais.
Porque o mundo faz assim? Gira, gira e volta para o mesmo lugar? É algo que eu deveria aprender?
Porque me torturar com lições ultrapassadas?
Já sei, já sei... Menos açúcar no café e mais calma na cabeça...
Mas é difícil mudar velhos hábitos, enxergar as coisas diferentes e acostumar com pensamentos que você nunca havia se preocupado antes.
Depois de tanto pensar e tanto me preparar eu venho e escrevo às duas e meia da manhã aquele habitual vômito de palavras. Mas acho que é pra isso que serve. Aquela válvula que evita que a panela exploda, tira um pouco da pressão... Mas demora, é com calma e muita paciência que as coisas se aliviam.
Eu já devia saber... Me ensinaram a olhar para os dois lados...

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Não existe razão no mundo.

Perguntaram a John Lennon:
- Por que você não pode ficar sozinho, sem a Yoko?
E ...ele respondeu:
- Eu posso, mas não quero. Não existe razão no mundo porque eu devesse ficar sem ela. Não existe nada mais importante do que o nosso relacionamento, nada. E nós curtimos estar juntos o tempo todo. Nós dois poderíamos sobreviver separados, mas pra quê? Eu não vou sacrificar o amor, o verdadeiro amor, por nenhuma piranha, nenhum amigo e nenhum negócio, porque no fim você acaba ficando sozinho à noite. Nenhum de nós quer isto, e não adianta encher a cama de transa, isso não funciona. Eu não quero ser um libertino. É como eu digo na música, eu já passei por tudo isso, e nada funciona melhor do que ter alguém que você ame te abraçando.




Eu posso! Mas não quero... John era alguém que sabia o que dizia. E podemos, lógico. Mas por qual razão?
Se houvesse alguma, se existe ao menos um resquício de dúvida... Mas não têm. Contra fatos, não há argumentos. E é fato que me fez falta e que agora estou ainda mais feliz e cada vez mais disposta a te fazer feliz também, a te mostrar que nossos abraços sempre funcionam...



terça-feira, 29 de maio de 2012

A estupidez humana


Eu começo a duvidar que exista. E repito a mim mesma, para deixar de ter fé, de achar que as pessoas são melhores que isso. Não! Não são. E acreditar enfurece, magoa e estressa.
Ter que escrever isso me entristece muito. Mas eu não tinha como deixar de falar.
Olha, me desculpem você senhores e senhoras que não sabem o que é educação. Mas eu sou da época da gentileza, do muito obrigada e do por favor...

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Top 10: As lições que a distância me trouxe.


1 - A lição vem! Não importa quão grande seja a distância, a lição sempre vem... Sabido isso, passaremos a analisar tudo com maior calma.
2 - Nada fica afastado mais tempo que o necessário.
3 - Amor não acaba. Muda, se transforma e até diminui... Mas acabar não. No fundo, nada que tem valor acaba.
4 - Um bom livro é muito melhor do que uma companhia mais ou menos. Opte sempre pelo primeiro.
5 - Com um pouco de solidão você aprende o real significado de pequenas coisas. Ir ao cinema no meio da tarde de um dia útil, ficar um dia desconectado, abraçar a mãe e sentir o cheiro dela (e perceber que continua sendo o mesmo da sua infância) e aí você passa a dar valor nas pequenas frações de segundo onde a felicidade é plena.
6 - Aprendi que a sabedoria cabe ao tempo. E quase nunca iremos compreender porque a música toca fora do ritmo da dança. Mas a vida é assim, e a gente tem que aprender a acompanhar.
7 - Superar não significa revolucionar sua vida. Dar um giro de 180°. Cicatrizar alguma ferida não tem mistério e não existe uma fórmula mágica que faça tudo mais fácil, tem que simplesmente juntar os cacos e seguir em frente.
8 - Dias de chuva são ótimos para correr.
9 - Quer descobrir o sentido da vida? Comece observando os animais.
10 -  Engolir o orgulho, mudar de opinião, pedir desculpas, são coisas que devem ser aprendidas cedo. Mas nunca engula seu orgulho se não valer a pena; se reserve no direito de mudar de opinião sempre que necessário, mas cuidado! Quem não sabe o que pensa se torna volúvel. Pedir desculpas é só em último caso, do contrário perde o sentido. Não dá pra curar tudo com uma só palavra, lembre-se disso.