terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Conselho se fosse bom...



Sempre começa assim, e eu me pergunto: “Quantas vezes ainda?”. Acho que todo mundo já teve alguma experiência similar. Depois de horas e mais horas de viajem você esvazia o porta-malas do carro, senta no sofá e no primeiro gole de café já vem a primeira.
“Quantos anos você completa esse ano? Nossa! 25? E ainda não casou? Vai ficar pra titia...”.
Vi essa cena se repetir inúmeras vezes, pelo menos uma vez por ano depois dos 15. Porque você sabe né... Antigamente... - e lá vinha outra história sobre como eu deveria viver o meu futuro. 
Não sei se sou eu que sou toda torta, mas sempre preferi oferecer um ouvido amigo e um sorriso sincero a um conselho sem graça. Minha mãe que é mulher sábia me ensinou a ficar quieta e escutar as histórias dos outros, no fundo todo mundo quer ser ouvido, todo mundo gosta de contar suas histórias. E sabe do que mais? Eu gosto e sempre gostei de ouvir. Geralmente as pessoas só esperam uma brecha pra poder falar e quando você vê lá se foi seu problema, a vez já não é mais sua.
No meu caso estou passando pela fase da minha vida em que mais recebi conselhos. Se juntar todos os anos de conselhos azedos não dá nem um terço do que já ouvi nos últimos sete meses. 
Faça isso, escolha aquele. Esse não, você nem vai usar. Isso não presta. Porque no meu tempo... 
Muito bem colocado. No SEU tempo. Esse tempo agora é meu. Que medo as pessoas têm em ver alguém errando, sua mãe nunca disse que é errando que se aprende?
Aonde ir, o que devo comer, quantos minutos de exercícios por semana, que roupa usar, o que comprar. Tudo ganha outro sentido quando sua barriga começa a crescer e ganhar forma.
Ouvi essa hoje pela manhã: - Você acha que vamos tirar tudo de letra? Que não vamos ligar pras nossas mães de madrugada? 
Respira fundo e pense que gravidez não vai te absolver no julgamento se caso você resolver enforcar esse sujeito. Penso em não esganar ainda essa pobre alma que profetizou essas palavras...
Não sou inocente, sei que certos dias, vou querer arrancar os cabelos, que as noites mal dormidas existem em uma grande maioria. Mas sei também que ninguém está sentindo o que eu estou, e que se existe algum conselho que eu vou guardar é que posso ficar tranquila: "A mãe nasce com o filho. Você vai saber o que fazer". 
Ano novo começando e não há dia melhor para jogar fora os velhos conselhos e escrever as "promessas de ano novo". Mas além de me esforçar muito mais para ter paciência e calma este ano, vou me esforçar para ser alguém melhor e amar ainda mais as pessoas que fazem parte de mim. Aproveitar para agradecer todos os desentendimentos resolvidos, todas as brigas que passaram e agora seguir em frente, com a cabeça erguida e com um sorriso imenso nos lábios. Porque eu sei que esse ano será diferente e jamais esquecerei 2013!
E claro... Obrigada 2012, por tudo que você me proporcionou.

3 comentários:

  1. Ai, Mi... já dizia Veríssimo-filho: o povo é um estorvo. Mania dessa gente de querer dar pitaco em determinadas fases - às vezes em todas - das nossas vidas... dureza, viu.

    Bom é que tu me parece bem disposta a mandar todo esse povo passear, hahaha! A escolha é sua, a decisão é sua. A maternidade é diferente pra cada mulher! Que esse ano seja bem lindo, recheado de coisas boas, né? E quem sabe ainda dá pra eu conhecer esse baby face-to-face... eu ia adorar, imagina alguém meio LOCA por bebês ^.^

    Beijos!

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    1. É Paty... às vezes temos que contar até 10 pra não se arrepender depois e muitas vezes nos arrependemos de ter contado até 10.

      Se cada maternidade é diferente? Acredito que sim... Mas uma coisa universal é que a gente vira uma fera mesmo, prontinhas pra proteger nossa cria! rs

      Dentre os muitos conselhos que recebi alguém me disse que se existe algo que atrai mais pitacos do que um barrigão, com certeza é uma criança recém chegada.
      Por isso, relaxa, respira... rs

      Espero que você consiga conhecer o Cauã antes de voltar, mas de qualquer forma, venha dar um 'oi'. Ele já escuta e até responde (do seu jeito...).

      Beijos ;**

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  2. Mi, irei sim, pode deixar. Mas irei quando a maré baixar, pois não estou com boas energias... perdi o Tufão ontem e está muito difícil suportar. Você está numa fase tão bonita, passando por algo legal, e eu quero visitar você e o Cauã quando eu puder expressar de uma forma melhor minha alegria por vê-los. Antes de voltar, com certeza, uma hora isso passa.

    Beijos, aguarde... :)

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