É de conhecimento geral e comum que adoro o Natal. Mas não é porque se ganha presente, ou se presenteia, nem porque é época de fartura e nem porque há um consenso que todos são mais simpáticos e bem humorados no Natal.
Amo o Natal pelo cheiro que fica no ar, pelas cigarras cantando estridente, pelo calor que sufoca enquanto eu assisto os filmes e desenhos cheios de neve. Amo o Natal pelos biscoitos, pelos enfeites do shopping, pelos especiais que passam na TV. Pelas apresentações nas escolas. Amo o Natal por todo e qualquer coral que sempre paro para escutar. Amo pelas luzes piscando e os ursinhos com touca de Papai Noel.
Acho que deu pra notar que eu realmente amo o Natal e não sei ao certo o por quê. Meus pais nunca comemoraram o Natal, nunca trocamos presentes nessa data e ser livre pelo menos dessa veia capitalista também me faz gostar mais do Natal. Porque no Natal só dou presente se eu realmente tiver condições e só para quem eu realmente amo, não sou daquelas que sai entregando bombons para todos só porque é Natal...
Mas não foi sempre assim, descobri essa paixão pelo Natal depois de crescidinha, devia ter meus 9 ou 10 anos e sempre me lembrarei das manhãs de maratonas de desenhos natalinos no Cartoon Network e os filmes: O Grinch, Esqueceram de mim, eram clássicos e nunca faltavam.
O tempo passou e obviamente muitas dessas tradições foram deixadas de lado, mas o cheiro de Natal continua lá, assim como minha admiração por essa data. Dificilmente alguém vai me ver desejando Feliz Natal por aí, mas comemoro do meu jeito. E acho que se existe alguma data em que a maioria acredita ter motivos para ser uma pessoa melhor e fazer boas ações, então esta deve ser realmente comemorada. No resto do ano você pode ser ruim...
Mas lembre-se que seu pedaço de carvão estará reservado.
Quanto a mim? Acho que fui uma boa garota esse ano, pois vou ganhar o maior presente de todos e já tem mês certo para chegar.