quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um brinde ao ano velho!!!

Nessa época do ano é quase impossível não estar um pouco mais animada. Mas o mais difícil pra mim é, com certeza, não criar expectativas.
Passou o Natal e não ganhei o que eu queria, mas com um pouco de perspectiva vejo que em soma, esse ano foi muito bom, mas na verdade não importa muito, tudo é efêmero, até nossos problemas...
Muita coisa aconteceu nessa mesma época no ano passado, o Cria-Atura récem havia se criado e naquela época me foi mais útil do que jamais pensei que seria. Lendo post's antigos percebo que o tempo realmente passa, é incrível o que um ano pode fazer com nossas vidas. Fez muito com a minha...
Em meu primeiro post - em dezembro de 2009 - eu pedia inspiração, hoje minhas necessidades mudaram e pra 2011 vou trabalhar para alcançar a paciência de que tanto precisei esse ano. Muitas das coisas que "pedimos" nessa época do ano, são frutos de alguma frustação, porque não fomos capazes de alcançar aquilo. Já cansei de tentar mudar as pessoas para que a convivência se torne mais fácil, por isso resolvi que dessa vez meu pedido vai ser bem simples.
Na verdade o que eu quero é justamente isso... que as coisas sejam o mais simples possível, daqui pra frente...
Não gosto de despedidas e nem é o certo a se fazer, pois ninguém vai a lugar algum, certo?
Vamos aproveitar o restinho de férias que nos resta pra acalmar os ânimos, divertir só mais um pouquinho porque afinal de contas, merecemos e nos encontramos daqui uns dias...
Abraços queridos leitores!
Um feliz 2011 pra gente!!!



Um conselho: Não sejam muito fellizes de uma vez só... Liberte a felicidade aos pouquinhos...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Deixa o verão pra mais tarde...


Estar chateada, estressada com o trabalho, cansada do ano agitado, implorando pelas merecidas férias - que nunca são suficientes - ... Tudo isso é normal, acredito que acontece com mais gente por aí, mas aceitar a melancolia passivamente e pior, achar que ela fica bem em você. Isso tá certo?
Prometi que não iria mais reclamar... Mas já prometi tanta coisa...
Como sempre faço pra me animar, ligo no último volume aquela música triste e ouço no repeat. É lindo isso que fazem com as palavras e eu não diria melhor.
É, estou deixando essas coisas pra amanhã há muito tempo, tanto tempo que já nem me lembro quando deveria ter feito, esquecendo de mim, pensando primeiro em você, adiando meus planos pra tentar encaixar uma vida na outra.
Não dá mais! Fiz tudo isso, cheguei até aqui e pra quê? Diz pra quê? Se agora você desiste assim de mim...

Talvez seja só um dia triste que vai acabar amanhã de manhã. É, não sei. Mas, outra vez o verão vai ficar pra mais tarde...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Saiu na chuva...

É pra se molhar! Mas quando o mundo todo transpira hostilidade se torna bem mais perigoso caminhar por aí, é preciso ter cuidado ao olhar pra cima.
Mas também não posso só reclamar, não serei injusta. Não é porque algumas gotas estão sujas que a água toda precisa ir ralo abaixo, nem tudo está perdido. E ainda tenho a doçura dos pequenos gestos. Mesmo longe me sinto perto, mesmo estando ausente sei que não acabou. O tempo é ruim, mas ele não dura pra sempre.
E sei que vocês estão aqui pra mim, sei que aquelas pessoas que trouxeram o azul do meu céu, estão por aí, em algum lugar. Se hoje não é mais você, outras pessoas virão.
Não! Nem tudo está perdido... ainda vejo beleza... a doçura, dos pequenos gestos...


sábado, 4 de dezembro de 2010

Aprendendo a amarrar os sapatos.


Nem toda essa chuva que caiu foi capaz de lavar minha alma. Você pediu que eu me afastasse, que saísse da sua vida, que não mais me intrometesse. E é o que estou fazendo, mas então lhe pergunto: Se estou fazendo o que é certo, então porque me sinto tão mal?
Fugir de amigas queridas, afastar pessoas que até pouco tempo eu me preocupava e queria tão bem.
Rasgar sentimentos é algo que definitivamente ainda não aprendi a fazer, algumas pequenas coisas simplesmente não tem a característica de ser descartáveis. E meus sentimentos com certeza não são!
O que fazer com eles então? Me sinto como se estivesse carregando um piano nas costas. Porque então tenho que fazer? Porque exigências agora?
Mas não consigo mais. Faço porque não tem como suportar continuar vivendo assim. E não vou mais aceitar que essa culpa seja colocada na minha consciência. Se for necessário direi adeus. Mas saiba que agora a culpa vai ficar toda pra você!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Tem mas acabou - Parte 2

O que não me mata...

Como era mesmo o fim dessa frase??? Bom, se me fortalece eu não sei, mas sei que chorar de nada adiantou. Implorar pra que não acontecesse, dormir pra esquecer, nem o copo d'água com açúcar me acalmou.
A verdade é que certas coisas tem uma digestão bem mais lenta que outras. Algumas palavras e culpas que eu jamais imaginei ouvir. Será que eu merecia? Não sei, e nem é a questão agora. Lembra das palavras ao vento? Pois é, elas estão de volta.
Que mania a gente tem de dizer tudo o que pensa! Quem foi que ensinou isso? Algumas palavras deveriam ficar pra sempre trancadas na garganta...
Mas agora já está feito e nem o tempo, nem outras palavras, nem nada e ninguém poderá desdizer o que já foi dito.
O não feito pelo mal feito, e ninguém impediu. Cada hora uma atirando a sua lenha... olhando as labaredas dançando em ritmo acelerado.
Só sei que se o mundo acabasse amanhã, eu não sentiria falta de hoje...


domingo, 28 de novembro de 2010

Alguma coisa me diz


Alguns sinais, muitas palavras e tudo mais me levam a crer que a vida é isso. E que não tem como ser mais doce...
Sabe quando você quer muito uma coisa e consegue? E não é tudo aquilo que imaginou? Pois é, isso é exatamente o contrário do que me aconteceu!
Eu desejei com força, esperei algum tempo, sofri o quanto foi necessário, superei e cá estou, vivendo tudo o que via em meus sonhos. Nem uma gota a menos. Veio tudo em um pacote só, o que eu sempre quis.
Como não ser feliz? Logo quando você me olha e sorri?
Parece injusto aproveitar tudo isso, mas quando se é feliz não faz tanta diferença se é justo ou não, só se quer viver sem parar pra pensar.
É difícil falar de amor e não ser clichê, mas alguma coisa me diz que estou no lugar certo. Exatamente onde queria estar...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Esta noite... mais uma!

É difícil saber quando se enfim chegou, se primeiro você não decidir pra onde se está indo...
Não sei de onde vem tanta angústia, mas ela amanhece cedo, antes mesmo que eu possa me levantar. Não existe uma forma certa pra lidar com isso, eu sempre experimento ficar quietinha até que ela desista e vá embora. Aposto comigo mesma quanto tempo ela ficará dessa vez!
Peço ajuda, mas meus gritos de socorro não são compreendidos. Talvez a única alternativa seja realmente esperar, esperar que algo aconteça. Fico deitada pensando em minhas constantes indignações e que elas não significam absolutamente nada, pois se amanhã eu não estiver aqui nada mudará e todos esses pensamentos pertencerão à outras pessoas.
Pessoas que constantemente me dizem: "é... mais um dia!". Onde? Esse dia já passou, você não pode fazer mais nada com ele...
E assim as pessoas vão vivendo, somando os dias para no final não obter resultado nenhum. Mas e eu? Eu com essa minha pressa de viver, estou indo pra onde?
Tenho tanta pressa em fazer as coisas que acabo não vendo nada passar. De que adianta ter sanidade de que não se está vivendo se essa angústia não me deixa mudar? Ou será que isso é o início de uma mudança?


Time is never time at all
Tempo nunca é somente tempo
You can never ever leave without leaving a piece of youth
Você nunca conseguirá partir sem deixar uma parte da juventude
And our lives are forever changed
E nossas vidas foram mudadas pra sempre
We will never be the same
Nunca mais seremos os mesmos
The more you change the less you feel
Quanto mais mudamos menos percebemos
Believe, believe in me, believe
Acredite, acredite em mim, acredite
That life can change, that you're not stuck in vain
Que a vida muda, que não estás confuso em vão
We're not the same, we're different tonight
Não somos os mesmos, somos diferentes esta noite
Tonight, so bright
Esta noite, tão esplêndida
Tonight
Esta noite
And you know you're never sure
E você sabe que nunca tem certeza
But you're sure you could be right
Mas tem certeza que poderias estar certo

[Smashing Pumpkins - Tonight, Tonight]


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Pensando bem...

"Sabe, às vezes fico acordado à noite, e eu pergunto: 'Onde eu tenho errado?' Então uma voz me diz: Isso vai levar mais de uma noite."
Charlie Brown

domingo, 31 de outubro de 2010

Patriotismo pra quê?

Fácil é ser patriota!

É muito fácil vestir-se de verde e amarelo e sair por aí proclamando as maravilhas do país. É fácil em ano de copa vibrar com o jogador da vez, é fácil torcer pelos atletas nas olimpíadas, nem que para isso seja necessário ajustar o despertador para as 3:30 da madrugada.
Assim também como é fácil culpar políticos e mais políticos pelas desgraças que acontecem à nossa volta todos os dias e continuar vivendo confortavelmente trancafiados em casas com muros, cercas, cachorros...
Cheguei à conclusão de que qualquer coisa é mais fácil do que tomar alguma atitude.
Devo estar influenciada pelas eleições e por mais um monte de coisas que vejo na tv. Mas a verdade é que se manter inerte é muito mais seguro. Vi muitas pessoas falando em anular o voto hoje. Gente! Pára tudo!!!
Tá bem, tem toda aquela coisa de protestar contra um governo que não se quer, mas peralá, não é bem assim. No fundo acredito que isso é se omitir. E a nossa omissão leva ao comodismo dos políticos de que tanto reclamamos.
Certo, errado. Não sou eu quem vai determinar, longe de mim... Mas a minha opção faço todos os dias e hoje acredito ter feito uma muito importante.
Ouvi pessoas dizerem... "vota nele por mim". Não senhor, a não ser que depois eu possa bater na porta da sua casa e cobrar tudo que não está bom!
Sei que muitas vezes temos vontade de fazer justiça com as próprias mãos e contradizer tudo o que estamos acostumados. Não! Nenhum extremo é progresso. Mas também não dá pra ficar com a bunda amassando o sofá o dia todo e com a boca costurada pra sempre...

Sabe quem alimenta tudo isso?


"E traz um café, que pão seco é foda".
[Tropa de Elite 2]

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Terapia...

Às vezes só por estar perto já faz com que grandes problemas se dissolvam...




terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sutilmente

Às vezes basta uma palavra, um gesto, um grito, um socorro. Está tudo resumido à uma chance? Tenho que lembrar que palavras ao vento são palavras ao vento e não pertencem a ninguém.
Talvez seja justamente assim e teremos que nos acostumar.
Sei que é difícil amar alguém cheia de espinhos, mas por enquanto penso que a sutileza é o melhor caminho, assim tudo que é feito começa aos poucos e continua se mantendo com doses homeopáticas. Sendo assim nada se faz em demasia, tudo acontece leve e solto.



Difícil é. Até para ser simples exige esforço...


"E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste"
[Skank]

domingo, 10 de outubro de 2010

Now I'm free from what you are*

Músicas esquecidas e sentimentos abandonados. Mas como já falei aqui, mais dia, menos dia... chega o dia da mudança e muitas coisas são deixadas para trás, e hoje fui limpar os pensamentos para enfim caber decisões novas e me deparo (quem diria) com coisas antigas que já nem lembrava mais, coisas que de tanto serem deixadas de lado hoje já nem têm importância de fato.
Mas me trouxeram lições novamente e cá estou de novo refletindo sobre tudo, é bom lembrar e ver o quanto a gente aprendeu e ver que o que está à nossa frente não pode ser tão difícil assim. Olhe o que já passamos, foi tanta coisa ao longo dos anos, muitas lágrimas e sorrisos distribuídos por aí, em colos, ombros e rostos.
Não foi tudo de uma vez e agora também não vai ser... Mas liberdade não se compra! E essa sensação não se esquece jamais...



Cause now I'm free from what you want
Now I'm free from what you need

Now I'm free from what you are

[Audioslave]


*Refrão repetido infinitas vezes para comemorar a libertação... algum tempo atrás...

sábado, 2 de outubro de 2010

E agora, tragam-me o horizonte!

Se antes eu soubesse exatamente o que queria, hoje me conforta saber que a qualquer momento tudo pode ser diferente.
Vejo o sol se escondendo lentamente ao encostar na grama e o céu começando a ficar rosado. Presto atenção no que fiz, e me dou conta do atraso. Sempre penso que muitas coisas estão por fazer e que tenho dívidas comigo mesma, os outros parecem estar tão adiantados...
Sento e organizo meus pensamentos para não enlouquecer, doce ilusão. A loucura já está ali.Vejo as nuvens se unirem e formarem desenhos, e se transformarem em outros e depois em outros e se dissolverem de repente, como se nunca tivessem feito parte de nada.
Talvez tenha que me contentar em ser assim, como as nuvens, e parar de querer mudar o mundo. Creio que sejamos todos iguais, nascemos assim, para mudar as coisas e deixar nossas marcas. Mas vejo hoje que o contrário também serve, e aprendi que estou aqui não para mudar, mas para sofrer essas mudanças.
Então, pra isso não tem pressa, eu aprendo devargazinho o que a vida me ensina, e sentada no meio fio, só posso desejar isso e nada mais. A brisa fria em meu rosto, refresca os pensamentos raivosos que cultivei com cuidado essa semana, e deixo ela levar consigo todos eles. Agora nada mais me importa, só quero o horizonte pra mim.

sábado, 25 de setembro de 2010

O fim é inevitável

Se fosse escrever esse post há uns dois dias viria com a triste notícia de que o Cria-Atura tinha seu fim visível. Viria me despedir, dizer a vocês que foi muito bom e que com certeza me ajudou a manter a sanidade por muitas vezes. Mas que mesmo assim, vou deixar todos vocês que me acompanharam durante todo esse tempo, todos vocês que mataram serviço pra ler o último post tão fresquinho que ainda contém até alguns erros de gramática, que chegaram cansados em casa e viram em meus desabafos que vocês não estavam sozinhos, que se animaram ao me ver contar novidades emocionantes, que compartilharam comigo os seus dias e tiveram a paciência de ler nas linhas tortas as confusões que eu ainda não consigo expressar.
Vi pertinho o fim desse blog que eu gostei tanto de criar, isso aqui que é mais uma desculpa esfarrapada pra dizer o que penso sem ser recriminada por isso.
Enfim, hoje já não estou tão certa de que farei isso realmente... Sabe... gosto daqui...
Penso nas coisas que me deixam chateada, por mais que nunca as tenha dito claramente aqui, sempre me ajudou muito escrever. Talvez isso seja uma má ideia.

É só um botão... vai lá, aperta! Um clique! Que mal pode fazer?Não vai mais ter volta depois, e uma voz baixinha dentro de mim diz que vou me arrepender. Talvez seja minha consciência. Essa tal de consciência também, só aparece quando não deve e nunca nos deixa dar uma resposta, quando vamos começar a argumentar ela se desmancha em pensamento. Seria melhor, preferia que ela se materializasse, nem que fosse em um grilo falante, mas aí pelo menos haveria algum diálogo.

Bem, o final da história vocês já podem imaginar... a mão pesou, o botão parecia longe e o mouse não queria ser arrastado. A verdade é que não queria partir, a saudade dói e odeio fazer a mala.

A verdade vocês todos também já sabem... é que no fundo... gosto muito daqui!





sábado, 18 de setembro de 2010

Por que a gente diz um monte de coisa que não quer dizer? Por que é tão difícil ficar calado quando o coração sofre? Por que amanhã sempre parece ser tarde demais?
Talvez tudo isso seja assim simplesmente porque deve ser. E porque nada é certo e perfeito dentro de nós e com tudo isso que acontece passo a ter cada vez menos certeza das coisas.
Tentei pensar menos na última briga e mais em como tudo começou...

Lembro do dia quente e do seu boné batendo no vidro. Lembro da espera e do fato de estar chateada; lembro que por isso, nem ao menos fui simpática com você; lembro que agi friamente como apenas mais um dia de serviço...
E lembro de nunca ter me surpreendido tanto. Em tudo acontecer tão rápido... tão natural, e sem o menor esforço meu. Exatamente como no primeiro dia.
Lembro de uma noite de muito calor na cidade e de um convite, lembro da dúvida e da exata sensação que senti naquele momento. O que eu lembro depois disso?
Muitas risadas, vários filmes pela metade, horas dentro da locadora, muita pipoca, muita conversa, gestos de carinho. Algumas músicas marcantes, noites de cansaço, noites frias debaixo dos cobertores...
Lembro de continuar rindo mesmo depois de chegar em casa, lembro de continuar te amando mesmo depois de brigas que pareciam não terminar, lembro de continuar com medo, lembro do seu cheiro no meu travesseiro, lembro dos dias... de cada um deles...

E você? Lembra disso?


sábado, 11 de setembro de 2010

Das coisas que gosto.

"As coisas que você possui acabam por possuir você".

Bem lembrado... a não ser por... sabe... é que não é bem assim. Depois que traçamos um objetivo, tudo o que aparecer e não nos levar ao encontro dele é perda de tempo! Mas será mesmo?
Jamais entenderei como somos capazes de deixar coisas para trás, mas se quisermos vencer alguém terá que perder para isso, se formos para frente inevitavelmente coisas serão deixadas para trás... Mas não você!
Acredito que tudo dará certo, fico me indagando várias e várias vezes até me cansar. Mas no fundo, ouvir você sussurrar em meu ouvido a resposta certa esta manhã me fez acreditar.
Assunto encerrado e ponto final, vamos deixar acontecer, esperar tudo isso chegar até onde estamos. Enquanto isso preparo nosso café da manhã. Panquecas?

sábado, 4 de setembro de 2010

Conversa de gente grande

A sabedoria pode estar em qualquer lugar e uma grande lição pode vir de uma fonte inesperada.
Em uma conversa na cozinha tomando a refeição pela qual tenho mais apreço. Eu tomando uma xícara de café preto, ela, uma caneca de cereal com leite gelado. Eu aproximo a xícara pra sentir o calor do café, o calor que tanto nos falta durante o dia.
De repente o silêncio é quebrado por uma tímida pergunta. Ela apóia as mãozinhas sobre a mesa, olha para o chão, ergue a cabeça protegida por um gorro de tricô feito à mão, e então me diz:
- Porque você está triste tia?
Quem diria. Ela notou.
- Não é nada. É só que tudo é muito difícil depois que a gente se torna adulto.
Ela faz uma pausa, toma mais umas duas colheradas e novamente se dirige à mim, Dessa vez muito certa do que vai dizer.
- Mas é difícil pra todo mundo tia. Não é só com você.Assustada com as palavras de alguém que se importou eu continuo.
- É, você tem razão. Mas não deveria ser assim. Poderia ser mais fácil.
- Pode. Mas a gente complica.
Entre colheradas ela me ensina uma grande lição.
- Já não sei o que eu faço, o que gosto e se gosto do que faço.
- Humm...
Ela pensa, abre a boca pra falar e desiste. Eu volto a acreditar que a conversa chegou ao fim e que realmente não há solução para o meu problema.
Então ouço:
- E quem pode decidir isso pra você?
E quem mais poderia?
A sabedoria pode estar em qualquer lugar e uma grande lição pode vir de uma fonte inesperada...


Me senti uma criança naquele momento...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Antecipando o feriado

Feriado à vista, e tudo continua imperfeito do jeito que sempre foi. Isso não é necessariamente ruim e tão pouco estou fazendo disso uma reclamação, mas é que todos esperam demais dos dias, principalmente finais de semanas e feriados.
Jamais alguém me perguntou em uma terça-feira o que eu ia fazer, mas é só a sexta se aproximar que alguém logo solta: "O que vai fazer final de semana?", "Pra onde vai hoje?".Essas coisas são traiçoeiras, quando você menos espera, lá está você perguntando pra alguém "como foi seu final de semana". Eu sei, é um clichê, mas sempre preguei que qualquer dia é dia, afinal de contas a gente só tem o hoje para ser e estar. Correto?
Muitas vezes na incerteza de ser compreendida ou medo de ser mal interpretada, eu me calo e espero que meus mais secretos desejos sejam realizados sem que eu tenha que pedir por eles. Nunca acreditei que houvesse dia para a felicidade, mas vou apostar e pedir por todos eles nesse feriado, pedir baixinho para não correr o risco de ser ouvida, mas vou. Já planejo o "meu feriado" então, com expectativas e tudo mais. Mas antes mesmo disso suspiro pensando que o melhor já está aqui, o meu sossego, meu livro na cabeçeira da cama, meus infinitos filmes e minha paz de espírito já começam a me acompanhar... É... deu certo pedir!


E você? O que vai fazer no feriado?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sem açúcar, sem afeto, sem carinho

Em um ambiente mais reservado Claire e Jack conversavam sobre suas vidas e os acontecimentos que os conduziram exatamente até aquele momento.
Jack fazia o tipo misterioso e que não se importava com a opinião dos outros, aquelas pessoas que se enrijecem depois de terem visto de tudo e feito muito também.
Claire terrivelmente apaixonada pelas suas histórias boêmias declarava-se dizendo o quanto queria estar perto dele e que até então não havia experimentado sentimento tão profundo por alguém.
Jack virou-se para ela e sem nenhuma emoção disse:
Esse amor foi você quem criou, ele existe apenas na sua cabeça. Quando tudo isso passar seremos nós e este momento apenas outro capítulo em meu livro.
Ela não conseguia compreender como poderia Jack não sentir o mesmo, como ele não enxergava, será que ela realmente imaginara tudo aquilo? Mas se era só imaginação porque doía tanto quando ele dizia não amá-la?
Tá magoada porque a história de amor que você inventou acabou - disse Jack.
Isso é coisa da sua cabeça - disse ele.
Eu não vou aguentar - disse Claire enquanto tentava conter os soluços.
Não seja tão dramática Claire. Parte das coisas pela qual você está sofrendo nem existe de fato.
Claire queria respostas, queria ao menos entender.
Gostaria de saber toda a história. Saber por que você se sente assim - completou ela.
Então espere o livro sair - disse Jack.
- Ainda não sei como termina.
- E o que o faz pensar que é você quem decide o final?
Ela sorriu, enxugou algumas lágrimas com a manga frouxa da blusa e saiu. Na porta, olhou para Jack mais uma vez, desmanchou o sorriso e seguiu pelo corredor.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Se pensares... faça porque te convém

"Tira esse azedume do meu peito
E com respeito trate minha dor"
[Los Hermanos]



A vontade incontrolável de gritar é mais forte que eu mesma, ainda assim uma calma incomum se alastra e faz com que eu evite em brigar, discutir ou se quer pensar sobre tal assunto, até mesmo porque se for parar pra pensar as conclusões certamente não serão das mais produtivas.

Mas na hora do desespero é que eu me reservo no direito de ter as reações mais inusitadas. Pois bem, nunca um toque me causou tanto incômodo, ou meia dúzia de palavras puderam me perturbar uma noite toda. É certo, só se vive aquilo que se suporta, mas confesso que esse episódio sufocou minha alegria e agora eu também entendo a sua dor.
Noites mal dormidas, sonhos retratam tudo o que passa pela minha mente e nem tudo isso aqui é bom...
Quando eu não era tão literal as coisas funcionavam, naquele tempo eu levava horas pra dizer coisas simples. Aquilo é o que eu deveria ser, aquela é quem de fato eu sou. Aquela que se sente feliz por estar chovendo e então ter uma boa desculpa para ficar em casa, aquela que se veste apenas de preto, branco e cinza, pois cores dão muito trabalho. Sou aquela que escuta músicas tristes no reapet pra se animar, aquela que vê no mundo sempre algo bom, mesmo depois de perder a fé. Aquela que acredita que nem todas as coisas são eternas e entende que as pessoas em nossas vidas, simplesmente passam...
Vejo hoje em mim muito do que fui, ainda bem, demorou pra voltar. Pelo menos assim eu aprendo, aprendo a não mais dividir isso. Aprendi que sinceridade às vezes é demais e que os honestos não sobrevivem. É preciso jogar. Eu aprendi a observar de onde eu estava, mas nada fiz com essas informações e por isso de nada adiantou, entrar na batalha desarmada é pedir pra perder.
Paciência é uma virtude. Ouvia isso de uma pessoa que mal conseguia esperar o bolo esfriar pra comer. Mas é verdade. Sentir na dose certa. Eis minha próxima lição, essa que eu achava já ter aprendido. No fundo eu só quero o que todo mundo quer. Só quero ver um motivo pra continuar acreditando que por algo vale a pena, que alguma coisa em tudo isso faz sentido. Passa um filme na minha cabeça quando penso nisso, na verdade é mais lento um pouco, é como se fossem várias fotografias passadas bem rápido, geralmente em preto e branco... Pra mim é difícil sonhar colorido, principalmente nessa hora. E em meio a tantos momentos e muita espera eu percebo que às vezes a ignorância é a melhor coisa que pode nos acontecer.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Rasgação de seda

Ceder
Do latim
cedere.
Quer dizer, dar, entregar,
dobrar-se ou curvar-se sob peso ou pressão, conceder, concordar, não resistir.

Depois de muito lutar, finalmente aprendi a ceder. Em muitos casos sou forçada a ceder para conseguir o que quero no final. Desde fazer certas coisas contra minha política e fora dos meus princípios para conseguir manter um bom relacionamento no trabalho até assistir ao futebol com o namorado, mesmo querendo ver aquele filme velho e de título esquisito que você se recusa a ver comigo.
A verdade é que muitas das coisas que faço não quero de fato fazer - como a maioria das pessoas, acredito eu - mas eu cedo, porque sei que talvez em um mundo perfeito eu não precisaria abdicar de uma agradável noite ao seu lado para trabalhar, em um mundo ideal eu não teria saudade da comidinha da mamãe, nem do seu colo quentinho quando ninguém mais me entende, não teria que deixar os amigos de lado por falta de tempo (de ambas as partes).
O fato é que o mundo não é perfeito, e eu sinto falta de tudo isso, mas sou como aquele moletom gostoso de vestir -
aquele velho do qual todo mundo morre de vergonha mas guarda com todo o carinho num cantinho do guarda-roupa - com o tempo ele vai "cedendo" e vai se modelando ao seu corpo, por isso fica tão gostoso de usar, porque ele se adapta a você. Mas essa seda que você insiste em ser não cede e se cede um pouquinho... RASGA.



Então lá vou eu ceder de novo e de novo, entender que essa não é minha vez, esperar mais um pouquinho pra que entendam que não só eu devo ceder. Enquanto isso não acontece, lá vou eu com um tantinho mais de paciência, porque no final sempre vale a pena. Então... lá vou eu, assistir de novo ao futebol...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sintam também.

Eu já tinha um post pronto pra colocar aqui, às vezes faço isso, não escrevo o que sinto na hora e já salvo aqui pra que todo mundo fique à par das minhas fraquezas... às vezes guardo elas pra depois. Sábado, numa tarde chuvosa e bem deprimida escrevi uma porção de coisas, mas que terão que ser guardadas pra depois.
Pois hoje me aconteceu algo inédito, depois de um final de semana renovando minhas energias vejo aqui, no nosso universo virtual, algo que sempre me faz bem, vejo novidades, pensamentos, pessoas inteligentes filosofando sobre coisas necessárias.
Ligo o som baixinho, mas logo entendo o que quer dizer e aumento. Saber amar, Paralamas do Sucesso é a trilha.
Confiro algumas caixas de entrada, alguns perfis e volto sempre a este mesmo lugar, dentre os blog's que sigo, uma notícia esperada, um blog querido que há muito tempo não postava algo novo, finalmente tira uma folga de trabalhos, provas e monografia para nos atualizar sobre uma mente que faz muita falta quando some, e é lógico que não iria me decepcionar, o tema é o meu favorito: relacionamentos e comportamento!
Vamos lá, nunca suas palavras são suficientes e por isso sempre leio seus post's duas vezes. A música, meu estado de espírito e suas palavras combinam como se tivessem sido criadas juntas. Não me faz possível não dividir isso com vocês do Cria-Atura e uma ideia assim deve ser sempre disseminada!



Leiam:
http://oconselheirodopapa.blogspot.com/2010/07/para-compreender.html

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O dia "D"

Petrificada, apavorada, um desespero total... o passar dos dias apáticos estão me deixando nervosa. Quanto mais eu peço, imploro, ajoelho pedindo que os dias desacelerem, mais eles rápido eles andam.

Dia 22. É esse o dia "D". O meu "Dia D".

Preciso perder essa mania de chegar aqui despejando informações na esperança de que adivinhem do que estou falando. Para quem está totalmente perdido, vamos lá.

Semana que vem, dia 22 precisamente é um grande dia. Além de ser aniversário da Su (um beijo Su) é o meu dia do desafio.
Falar em público... tenho medo, pavor, pânico de falar em público, e por uma ironia do destino me meti numa barca furada sem volta. E a água começa a entrar em meu barquinho e tento esvaziá-lo com uma caneca furada!

(Pensa no drama).


Sempre senti dificuldade em falar pra muita gente e agora tenho que apresentar um trabalho em um evento para uma sala de 40 pessoas todas olhando pra mim, esperando que eu diga alguma coisa interessante. Ai ai ai... e agora? Deixo o barquinho virar ou continuo na luta? O medo é muito maior que eu, treino no espelho e nem eu mesma estou gostando do que estou ouvindo. É lamentável, é torturante, é completa e total agonia.
A minha sorte - ou falta dela - é que a coisa mais engraçada sobre mim, é que eu falo feito matraca quando estou nervosa... enfim vai servir pra alguma coisa!

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Torçam por mim, ok?

terça-feira, 13 de julho de 2010

Não existe o amor

"Se é amor tem
Desencontros

Amar também

Um contra o outro

E lutar sempre

Por esse amor

Que morre e reascende
...
Melhor"
[Titãs]


Você me assusta dizendo essas coisas, nunca fui de ter medo de falar, mas agora penso duas vezes. Será que existe algo que eu possa fazer? Será que dentro desse universo tem um espacinho pra mim?
Porque eu deveria temer? Eu que me faço de forte, que prego a solidão como uma forma de liberdade. Mas quem vive o que eu estou agora, e sente o que passa aqui dentro, tem medo sim, medo de perder tudo isso, medo de ter que voltar a acreditar na solidão.
Quem diria... logo eu que prego o amor nada romântico, aquele amor cuspido e escarrado, sem brilho, sem flores... Por isso me apaixonei por você, porque é esse amor que você me dá. Aquele sincero, que vem sem luxos, que vem de forma sutil em um abraço, sem cobranças, sem anseios, só de nós dois.
Mas temos que entender que se é amor tem desencontros. Não sei você, mas eu estou vendo resurgir e é você que eu amo. E se não existe o amor, então aqui vai a minha prova de amor...

Amo você... com força, com toda a que eu tenho!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sheldon me entenderia


Sheldon: Why are you crying?
Penny: Because I’m stupid.
Sheldon: Well, that’s no reason to cry. One cries because one is sad. For example, I cry because others are stupid, and that makes me sad.



Ás vezes me pego pensando exatamente assim, será que é tão difícil compreender certas coisas? E se não vai concordar porque pergunta afinal? Porque fazer comigo exatamente o que não gosta que façam com você?
Acordo em plena segunda-feira com o ânimo de quem acaba de perder tudo, mesmo assim levanto e sem dúvida vou enfrentar o trânsito e as pessoas lá fora. Parece que ninguém mais tem paciência para absolutamente nada, buzinas, gritos, e eu com os vidros trancados, olhando o limpador do pára brisa levar as gotas de uma só vez. Me senti como o limpador... as gotas caem, ele vai lá e limpa tudo, as gotas caem de novo e mais uma vez lá vem ele... O sinal abre.
Lembro das conversas de corredor, algumas pessoas me procuram para conversar e vejo no desespero delas o que eu já passei. Na verdade não é exatamente sofrendo que se aprende. Mas ver meu esforço escorrendo junto com as gotas da chuva me faz duvidar de que isso realmente existe.

Nesse momento a arrogância e a estupidez de algumas pessoas me deixa profundamente triste, será que posso chorar?

domingo, 11 de julho de 2010

O dia em que conheci Anitelli

Acredito sim em uma melhora repentina e sei o remédio certo pra isso. Às vezes acho que podemos ser resumidos e definidos em poucas coisas, uma música, uma cor, um momento, um filme, um sorriso. Depois de um dia pouco produtivo e muito tempo ocioso debaixo dos cobertores, observando a chuva (o sol, a chuva e o sol de novo) levanto para um banho rápido, mas logo volto a me refugiar no calor da minha cama. Meu pensamento viaja...

Há algum tempo passei por certas experiências que me perturbaram bastante, desilusões, sofrimentos, decepções. Me vi desmotivada para acreditar ou lutar por alguma coisa. Mas encontrei na poesia de um grupo peculiar força pra acreditar que o mundo não é um lugar hostil. Ouvia sua música o dia todo, até gravar todas as letras. Pensava se algum dia poderia dizer isso, se um dia ficariam sabendo tudo o que suas palavras misturadas causaram em mim.

Nunca agradeci à você por isso, mas foi um encontro, com certeza, muito importante pra mim. Primeiro por ser muito aguardado e segundo porque "sua música e sua poesia me salvaram". Foi a única coisa que eu pude dizer ao Fernando, num rápido abraço.

Ele olhou nos meus olhos, segurou minhas mãos e me agradeceu. Não posso segurar suas mãos agora, nem olhar nos seus olhos, mas quero lhe agradecer, no fundo por muito mais do que isso, por muito mais do que esse encontro. No fundo quero te agradecer, por estar lá, por participar, por tentar entender o que eu sou.


Hoje, depois de um dia conturbado, me arrasto para o computador à espera de algum sinal que diga que está tudo bem, e para minha surpresa, ao abrir meu e-mail tem alguma coisa na caixa de entrada que diz que a felicidade vem por caminhos inusitados. O Teatro Mágico lança seu segundo dvd. E eu aprendo uma lição que carregarei comigo, hoje vi em você algo totalmente novo e muito inesperado... você é de carne e osso, é frágil... como eu, como todos nós somos em algum momento. Me defini novamente.

Estou feliz e ansiosa... feliz por entender que diferentes somos todos, mas nos juntamos tudo numa coisa só. Ansiosa por mais uma novidade da minha trupe preferida.

Meu pensamento viaja... e com certeza passa por você.

sábado, 3 de julho de 2010

O mundo todo é uma ilha.

Não há nada mais egoísta do que a nossa tristeza! Descobri isso num dia que prometia ser aparentemente tranquilo. Mas ei que vem a tristeza e acaba por consumir com todas as promessas que eu havia feito.
Onde é que termina o livre arbítrio e começa o egoísmo? Até onde você pode se reservar no direito de não falar nada, sem que isso reflita no bem estar de outra pessoa?
Seu silêncio me atordoa, seus gestos me estremecem e seu olhar me deixa constrangida, completamente envergonhada.
Sempre me disseram o que eu deveria fazer, mas nunca me falaram como eu deveria agir para chegar lá. Esconderam o segredo da gente...
Tiro os cadernos do fundo do armário, pego as caixas empoeiradas, tiro todas as lembranças de dentro delas e vejo onde foi que eu errei, o que eu tinha, o que eu tenho e tudo que deixei cair em meio ao passar dos anos. Não tenho muito sabe, e tudo que tenho, guardo dentro de mim. Não sei ao certo se isso é suficiente pra você, mas lhe ofereço tudo isso, tudo isso que guardei esses anos, isso que pra mim é tudo. Junto minhas tralhas, lembranças de um tempo que já foi e por fim tomo uma atitude drástica, isso vai permanecer guardado onde só eu possa encontrar e vou abrir essas gavetas apenas quando eu precisar ou quiser, apenas para quem merecer vir comigo.
Descobri que eu também sou uma ilha! Mas decidi como isso vai ser - e meu querido - não há palavras para descrever...

E uma ilha também pode amar.

"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos". (J.S.)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Não há de ser nada...

Acordei hoje com uma dor incomum, que não sentia há algum tempo. Nunca é bom acordar de um sonho, mas sonhos não duram pra sempre e sempre é tempo demais. Tempo demais pra ser feliz, tempo demais se for esperar...

De que adianta falar de motivos, às vezes basta um só, às vezes nem juntando todos...
[José Saramago]

Depois que se coloca o pé para fora da cama não tem mais como voltar, eu nunca fui muito boa nisso, o refúgio é sempre mais fácil e eu procuro uma desculpa para desistir. Mas cada dia traz sua alegria e sua pena, talvez hoje não seja preciso sentir isso, talvez tudo não passe de um dia ruim. Levanto, tentando firmar os pés no chão - é sempre assim que eles devem ficar - abro as janelas, para que os feixes de luz me tragam você aqui e limpo os pensamentos em desejo que os próximos sejam melhores. Será que eu deveria levantar do outro lado amanhã? Ninguém acorda triste, essa é a forma que nos adormece na noite anterior...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Meu jeito de dizer adeus

"Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela, nem por isso fui dispensado de percorrer os caminhos do mundo".
José Saramago

Nem tamanho realismo ou sabedoria, nem o Nobel impediram que isso acontecesse. Acho que eu gosto tanto de você justamente pelo fator que te reconhecia, tua lucidez. Morreu hoje José Saramago, escritor consagrado, militante, crítico, mas acima de tudo uma pessoa pela qual desenvolvi grande empatia. Buscando conflitos, resolvendo os atritos interiores e conhecendo um pouquinho mais de si e do mundo através da escrita. Mas ele não partiu antes de me explicar algumas coisas, como a morte ser apenas a diferença entre estar aqui e já não estar. E realmente é isso, por isso presto aqui minhas homenagens e como uma pessoa nostálgica e um pouquinho egoísta, digo que sentirei falta. E assim como descreveu Fernando Meirelles eu também não consigo fugir do clichê, e o mundo ficou hoje, ainda mais burro e mais cego. E se você "tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia".
E hoje sangrou mais uma vez...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A culpa é minha e eu ponho em quem eu quiser.

O que fazer quando uma palavra já é excesso? Porque insistem que eu mude, me adapte, ou me adeque a um padrão ao qual eu nunca irei pertencer? É difícil de entender ou eu não estou sendo clara o bastante? Porque as pessoas não suportam em ver a gente assim? Só como a gente é... desse jeito torto e infeliz...
Certo... depois de vários dias sem postar nada eu chego assim de surpresa e espero que todos entendam o que acontece aqui dentro. Não que vocês - meus queridos leitores - estejam buscando alguma coerência, até mesmo por que se estiverem, vieram ao lugar errado. Mas vou tentar ao menos me fazer entender.

E vou começar explicando à você.

Tenho meus medos, minhas fraquezas, tristezas, necessidades e quem diria... um milhão de defeitos. Mas eu sou uma escolha sua. E a reciprocidade existe, não há um dia se quer que eu não deseje e não escolha ficar ao seu lado. Comecei a ler um livro sobre comportamento (mais um... pra quem me conhece) e para a minha surpresa, não posso mais jogar a culpa pra quem for. Se eu quero uma mudança, ela deve estar em mim, e não jogada por aí. Se posso mudar, devo começar comigo e isso deve partir de mim. Então, a culpa é minha, toda minha! E mais uma vez a culpa é minha por não perceber a importância das coisas e esquecer, mesmo que só por um minuto, que elas ainda estão aqui...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Se você pular eu pulo.

- Aqui tá bom?
- Vamos subir mais um pouco!

[...]

- E agora?
- Já tá bom.
- Contamos até 3?
- Você pula comigo?
- Se você pular eu pulo.

[...]

- A gente se encontra lá em baixo então?


Pegou na minha mão e não senti mais nada...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Insônia.

Aqueles minutinhos deitada na cama, antes de finalmente adormecer, são os mais lúcidos pra mim. Sou só eu, os pensamentos, algumas ideias, muitas sugestões e pouco esclarecimento. Mas essa confusão que eu mesma proporciono me transforma no dia seguinte.
Começo a pensar e esqueço de dormir, meus pensamentos vagueiam e num instante percebo como sou feliz. Não que isso seja um mérito exclusivo meu. Nossa felicidade nunca é fruto próprio, muito pelo contrário, sempre vem como resultado de um fator externo, de uma mudança que você não queria. Penso em como somos adversos às mudanças. Por quê? Não importa se é algo ruim ou potencialmente bom, sempre acabamos por ter dúvidas quando se fala em mudar. Notei isso mais forte em algumas pessoas, penso nas mudanças recentes que ocorreram com elas, penso nas minhas mudanças, boas, ruins... muitas imagens vêem à minha mente. E se aquilo tivesse acontecido? Se não tivesse feito dessa forma? Se naquele dia tivesse faltado ao trabalho? E se olhasse para os dois lados? Se não fosse... Talvez agora essa música não fizesse tanto sentido, talvez não estivesse assim tão feliz, ou talvez estivesse também, talvez não me preocupasse, talvez não pensasse tanto agora, ou talvez pensasse m
ais, talvez não fizesse diferença de fato. Ou talvez eu já estivesse dormindo...
Certo, já é uma da manhã, preciso dormir. Mas pensar é um vício. E é grátis. Muitas coisas para fazer amanhã, feriado à vista, muitos, muitos planos. Muita coisa que não acontecerá, muitas outras que finalmente acontecerão. Fico empolgada planejando momentos, sonhando acordada. Fecho os olhos para convencê-los que já passa da minha hora e amanhã vou ficar sonolenta por causa disso. Quanto mais penso que preciso dormir, mais meu pensamento viaja pra longe do travesseiro.
Não adianta. Ligo a tv. Passo de canal em canal sem som, só com a luz iluminando o quarto, não estou de fato prestando atenção no que acontece dentro daquela caixa cheia de realizações. Paro num canal qualquer, aciono o sleep da televisão e aquela imagem me faz companhia até que eu finalmente pegue no sono.

E agora um aviso importante:
Muito obrigada aos que passam por aqui, aos que passam e voltam, aos que gostam, aos que frequentam, aos que criticam, aos que se emocionam, aos que disseminam, aos que concordam, aos amigos, aos que criam e também aos que aturam. Mas hoje meu agradecimento especial vai para os que comentam e dessa forma criam também. Os comentários no Cria-Atura são exporádicos, mas me realizam quando os leio.
Obrigada. A todos esses.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Agora e depois

Começa assim, devagar... Inocente, com poucas certezas e muitas vontades. Depois de um tempo te atinge avassaladoramente. Muito do que eu planejei pra mim não se tornou realidade, mas algo que eu não imaginava aconteceu e agora só me resta sorrir e mais uma vez me deslumbrar com o início do resto de nossas vidas.
Aprender a amar não é assim tão simples, mas é uma lição muito gostosa, com todas essas inúmeras diferenças que me alimentam e me emocionam. Enquanto você deixa tudo subentendido eu digo concretamente o que quero, se você gosta do lado certo eu viro do avesso, se um quer deitar o outro levanta-se freneticamente sem acordo.Opostos que se atraem? Será que isso convém? Não sei. Mas somos também os dispostos, não é mesmo? Com você minha disposição é muito maior do que antes. Em meio a passado, mudanças e como diz você... amor demais, eu me animo pra viver tudo isso mais uma vez com grande esperança de ser exatamente assim... Diferente. Com o tempo aprendi que olhar para trás é normal, mas não olhemos por muito tempo, nos atentemos a isso agora, a isso que acontece e eu nem pisco para não perder nem uma expressão sua. Amar não é tão fácil assim e explicar é uma tarefa árdua, mas se for pra definir diria que amar é uma sutil mudança de comportamento e no modo de ver o mundo. É uma esperança quando se olha pra cima. Amar é algo que eu já fazia. Mas que agora (ao seu lado) faço melhor.
Você diz que isso vai longe... Assim espero, assim almejo, assim acredito. Mas como disse pra você uma vez... Não existe tempo pra nós. Se toda carta de amor é brega - como diz Anitelli - acho que este post está repleto de um sentimento muito cafona que agora me domina.
Busco palavras polidas para dizer o que não consigo, e sem muito o que dizer, pois as palavras incrivelmente me faltam nas horas mais inoportunas, eu sigo sentindo. Sentindo por você algo inédito... Algo grande... Algo bom.

sábado, 22 de maio de 2010

Aos passos ensaiados

Não importa se você não sabe dançar ou se o seu ritmo está fora do compasso. Ninguém pode ouvir a música que você está dançando e o que importa é quem está na plateia te aplaudindo e cantando com você, sem mesmo saber a letra da música que ninguém mais além de você pode ouvir.




terça-feira, 18 de maio de 2010

A sorte me encontrou.


(Amar) é coisa de morrer e matar mas tem som de sorriso.
Hilda Hilst

Sabe como algumas coisas simplesmente perdem o sentido? E você já nem sabe mais o porquê de tudo e de algumas coisas. Fica sonhando acordada enquanto alguns poucos vivem o que você mais deseja.
Não que eu seja infeliz, muito menos que eu seja má. Eu não sou má, só fui desenhada desse jeito...
Todos têm seus dias ruins, mas nunca são como os nossos dias ruins e é por isso que nossa dor é sempre mais dolorida que a alheia. Já notou que por algumas frações de segundo não temos controle sobre nada e o destino se conduz de forma aleatória às nossas escolhas e acabam por traçar um caminho sem ao menos perguntar nossa opinião sobre isso? Mas para a minha felicidade a sorte me encontrou e me trouxe um raio de sol. Não que a minha escuridão fosse ruim... É só que eu vejo melhor as coisas do seu lado. Todos procuram um feixe de luz, um raio de sol.
Comigo aconteceu, sem que eu parasse para pensar, sem chance de refletir, pesar os prós e contras, sem que eu fizesse o que sempre faço e estragasse tudo. Discordo de você, se estamos buscando a mesma coisa não podemos ser assim tão diferentes. Nostálgicos assumidos, acho que no fim das contas somos o par perfeito. E se formos assim... diferentes... então já nos assemelhamos nisso também. Como eu já te falei, não era o que queria agora e talvez se eu tivesse escolhido teria sido diferente.
Mas algumas coisas fogem ao nosso controle e faz do avesso o lado certo. Aconteceu comigo e não parei pra pensar. Vai ficar marcado pra sempre... Ainda bem! Do jeito que eu queria...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Se eu não falar mais com você: Bom dia, boa tarde e boa noite!

Já perdi as contas de quantas vezes me vi exatamente como Truman em o Show da Vida. Fazendo as coisas levianamente, sem me perguntar muito sobre isso, fazer coisas que "precisam" ser feitas sem perguntar se elas realmente "precisam" ser feitas. O tempo todo correndo e sem se quer saber para onde se está indo. Gastando tempo com superficialidades e não com o que eu realmente gostaria de fazer. Sempre chega uma determinada hora do dia que eu me pergunto: "o que estou fazendo aqui?". Não que meu lugar não seja este, é só que já não me acho em lugar nenhum. Não deveria ser assim sabe... Fiquei pensando, fazemos coisas demais não acha?

[...] Bebemos demais, comemos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". Um momento de muita coisa na vitrine mas pouco dentro de nós [...]
Só queria ter energia pra arriscar por aquilo que acredito e não sucumbir à algumas imposições que caem à minha frente. Basta! Você sempre soube que eu era assim e por isso não venha agora querendo me padronizar. Me perdoe, mas essa imposição eu não vou aceitar. E talvez seja mesmo como na música e eu esteja apenas errando ao fazer a coisa certa.




"Fui procurar ajuda para um coração

trincado pela culpa,
vazando sem perdão.
Fui procurar ajuda para um coração
trincado pela culpa,
coagulando sem perdão.
Eu errei fazendo a coisa certa.
E, perdendo toda a essência".
(Poléxia - Eu te amo, porra)

sábado, 8 de maio de 2010

Entre os tubos de rugai

Acredito que muitas pessoas das quais lêem o Cria-Atura não me conhecem bem. Na verdade não sei ao certo se existe alguém que me conheça...
E nem sei se, ao menos, alguém aqui sabe, que sou formada, ou mesmo que trabalho em laboratório. Sabe... Laboratório é um lugar estranho. Muitas coisas a fazer e no entanto muito tempo pra pensar. E foi em uma tarde assim que comecei a me questionar. Tanto esforço pra quê?
Voltando ao meu trabalho... Grande parte dele envolve microbiologia, e por isso tenho contato constante com os mais diversos tipos de bactérias. Ao ponto de achar bonita uma colônia só pelo fato dela ser verde, ou roxa, ou pela disposição do conjunto, enfim... Fico analisando o comportamento desses seres há muito tempo. Mas nessa tarde específica eu analisei o nosso... Sabe, não somos muito diferentes delas. Com as bactérias basta haver um meio adequado, temperatura necessária e um tempinho pra que elas cresçam... E é certo que elas crescem. Com a gente é a mesma coisa, se estivermos em um lugar propício para nos desenvolvermos é lógico de que faremos.

Fiquei pensando então onde é que elas crescem... Os meios para cultivar bactérias vem dentro de potes, são uns pozinhos nada cheirosos. Um dia fui ler o rótulo de um deles. Para a minha surpresa o que continha naquele potinho tão inocente era nada mais, nada menos do que um farelo feito de cérebro e coração de algum animal. Mais uma semelhança aí... Seres crescendo em cima de outros, aproveitando-se do resto da energia que sobrou. Alguma lembrança de sua vida lhe passou em sua mente agora??? Pois é, na minha também.

Andei pensando sabe... Estão moendo gente... Sim... Estão moendo a gente! E mesmo valendo tanto... Entrego o meu de mão beijada...

domingo, 2 de maio de 2010

Adiando planos

"Ninguém disse que era fácil.
Ninguém nunca disse que seria tão difícil".
[The Scientist - Coldplay]

E do jeito que sou teimosa, mesmo se me dissessem eu teria tentado e fracassado de qualquer forma...


sábado, 1 de maio de 2010

A cor dos argumentos

"Eu tenho idéias e razões,
Conheço a cor dos argumentos
E
nunca chego aos corações".
[
Fernando Pessoa]

Sempre ouvi dizer que o essencial é ter argumentos, não importa se o que você quer não faz o menor sentido, se houver argumentos que os sustente provavelmente você será ao menos ouvido. Mas meus argumentos acabaram... e cansei de ter que te convencer. Aqui sempre parece que eu falo e falo e nunca nada é dito. É estranho te contar meus mais profundos segredos sabendo que no fundo você não se importa. Mas também, quem haveria de se importar? Quem algum dia se importou com as besteiras que passam por aqui?
No fundo me sinto sempre sozinha, talvez porque eu realmente esteja... Talvez seja só isso mesmo. E eu sabia desde o começo, mas é que eu teimo em me enganar sabe? As coisas parecem mais fáceis quando a gente não espera nada. Coloque um pouquinho de expectativa e você verá seu universo em uma grande explosão.
E depois me culpam por passar mais tempo no meu mundo do que por aí...


quinta-feira, 29 de abril de 2010

Eu sou a lagarta!!!

"A Lagarta e Alice olharam-se uma para outra por algum tempo em silêncio: por fim, a Lagarta tirou o narguilé da boca, e dirigiu-se à menina com uma voz lânguida, sonolenta.
'Quem é você?', perguntou a Lagarta. Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa.
Alice retrucou, bastante timidamente: 'Eu — eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento — pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então.
'
O que você quer dizer com isso?', perguntou a Lagarta severamente.
'Explique-se!'
Eu não posso explicar-me, eu receio, Senhora', respondeu Alice, 'porque eu não sou eu mesma, vê?'"


(Alice no País das Maravilhas)



Não queria ter que tocar nesse assunto mas esta tarde tornou-se inevitável! SIM!!! Finalmente a estréia tão aguardada - pelo menos por mim - de Alice no País das Maravilhas. Um filme que espero há meses e acredito ser mais uma obra digna de Tim Burton. Pelo menos tem tudo pra ser...
Muito bem, após meses de espera, finalmente o filme estreia em Foz. Mas como prega minha querida Lei de Murphy, o filme veio em versão dublada. Pois é meus queridos leitores, lá vou eu aguardar mais algum tempo para que o filme saia em dvd e eu finalmente possa assistí-lo. Se sou neurótica? Sim, e acredito que ninguém duvida disso.
Mas, como uma prévia de como será o filme,
andei lendo algumas críticas e acompanhando uma ou outra nota sobre o mesmo. Esta tarde, fiz um teste que encontrei sobre Quem é você em Alice no País das Maravilhas.
Bem divertido, o teste mostra quem dos personagens mais se identifica com você, mediante algumas perguntinhas simples. Eu recomendo. Para minha surpresa, adivinhem quem sou eu???? É. A Lagarta!


Não gostei muito de ser a Lagarta, até ler a definição:


"Você tem uma riqueza interior notável e é capaz de fazer análises profundas das situações - não é à toa que muitos procuram seus
conselhos. Parte da sua sabedoria vem da vontade de conhecer o mundo e as pessoas, e também do fato de ouvir mais do que falar".



"Para encontrar o caminho, comece pelo começo.
Continue até chegar ao fim e então pare".
(Alice...)

domingo, 25 de abril de 2010

Um mundinho só pra mim.

"O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso."
(Mário Quintana)

Talvez eu esteja ficando louca. Fico pensando nas chateações que tive e na minha parcela de culpa por elas terem se tornado verdades. Como tudo pode mudar de um dia para o outro? Você vai dormir sem ideia nenhuma de como vai acordar no dia seguinte. Essa vontade que eu tenho de nunca mais sair da cama. Não é bem uma tristeza, é só que hoje o mundo parece um lugar hostil.
Em dias assim o melhor é não tentar lutar contra, melhor mesmo é se refugiar naquele mundo que fica debaixo das cobertas. Deixe de procurar. Comigo sempre acontece assim, só encontro quando já não procurava aquilo.


E se você quiser entrar agora nesse mundinho meu, terei que pedir que não tire nada do lugar...

sábado, 24 de abril de 2010

Coisas que você não deveria saber sobre mim

Surpreendo-me com as coisas que aprendo sobre mim e sobre a vida de modo geral. Todos falam que sinceridade demais é defeito e por isso tenho certeza de que muitas dessas coisas não deveriam ser ditas, mas a primeira coisa que aprendi sobre mim é que sou muito teimosa e faço as coisas do meu jeito, então lá vai o que eu não deveria falar:

1 - Nunca sei o que fazer ou dizer quando as pessoas que eu gosto estão tristes.
2 - Gosto do silêncio, mas ele me atormenta.
3 - Não entendo pessoas que acordam tristes ou mal humoradas, por mais que isso me aconteça às vezes...

4 - Final de semana só é bom porque a gente trabalha a semana inteira.
5 - Adoro detergente com cheiro de laranja.
6 - Brigadeiro nunca estraga! Aqui em casa se comprar muito de uma coisa só sempre acaba estragando, compro tudo por unidade, mas uma coisa que fica na geladeira e nunca nunca estraga é o tal do brigadeiro (será que é porque ele nunca fica mais de dois dias???)
7 - Adoro pipoca!
8 - Definitivamente não sei mais andar de salto alto.
9 - Pode ser brega, mas o ditado popular que mais gosto é: "seja a mudança que quer ver no mundo".
10 - Chocolate também enjoa.

11 - Sinto falta do bolo da minha mãe, sinto falta de muitas coisas que ela fazia pra mim, sinto falta mesmo é dela aqui pertinho... Mas o meu consolo é que o final de semana sempre chega e de novo eu vou estar com ela.
12 - Sempre pode piorar, por isso.. Não reclama não!

13 - Ao contrário do que a maioria pensa, mudar é bom. E ter a liberdade de abrir mão de algumas coisas que não se quer mais é a maior que eu já conheci.
14 - Sair de casa é muito bom, mas odeio me arrumar.
15 - Achei que sentiria vergonha de expor o que penso e de algumas pessoas lerem o que escrevo. Mas não sinto.
16 - Não tenho medo de barata.
17 - Também não tenho mais tanto medo de sofrer como já tive um dia.
18 - Não faço resoluções de ano novo. Mas assim que começa o ano penso no que vou fazer.
19 - Sinto uma vontade incontrolável de mudar, incentivo todo mundo a fazer isso e muitas vezes não consigo ter coragem de aplicar em mim.
20 - Alisson e I'll never fall in love again do Elvis Costello sempre me trazem uma alegria bem triste. E é estranho como é bom.
21 - Adoro, mais do que qualquer outra coisa o inverno em Foz, principalmente esse comecinho, que vem tímido quando a gente já não aguenta mais o calor.
22 - No inverno me dá mais vontade de sair, nem por isso me dá mais vontade de me arrumar.
23 - Gosto de fazer algumas coisas que muita gente faz sem perceber e nem dá valor.
24 - Não tem... música pra me animar é Autoramas. Margarita do Spin Doctors também funciona.
25 - Adoro café, mas em casa só gosto de tomar quando tem alguém na mesa comigo, fora de casa pode ser sozinha.
26 - Sinto muita vontade de morar em outra cidade, não que eu não seja feliz aqui, mas sinto que estou cumprindo o que é pra mim e em Foz acho que já tá acabando.
27 - Meu crime inafiançável: sonhar demasiadamente.
28 - Adoro filmes mas não saberia escolher o meu preferido.
29 - Prefiro infinitas vezes um barzinho do que uma balada.
30 - ODEIO ODEIO encontrar aquelas formiguinhas bem pequenininhas no açúcar, elas sempre acabam no meu café, por mais que eu separe.
31 - Adoro piadas internas, aquelas que você faz e quase ninguém entende, ou só pessoas específicas entendem, aquelas que não são bem piadas ou são, mas umas pessoas riem mais que as outras. Enfim, adoro ter alguma exclusividade, um momento único nosso, com cada pessoa que encontro...
32 - Às vezes procrastino o sono só pra poder sonhar mais um pouquinho de olhos abertos.
33 - Eu durmo do "lado de fora" da cama, aquele que fica mais perto da porta.
34 - Não gosto de números "quebrados" e sempre arredondo tudo pra cima.
35 - Escrevo melhor quando estou triste ou quando alguma coisa me incomoda.
36 - Moro com uma das minhas irmãs e não nos falamos muito, na verdade nossos horários não batem. Mas adoro chegar em casa e ver que ela está lá no quarto, não faço muito barulho e nem vou lá incomodar, só fico quietinha escutando ela se aprontar pra dormir...
37 - Aguardo muito ansiosa pela postagem de algumas pessoas.
38 - A culpa é sempre do estagiário. Mas isso só valia quando eu fazia estágio. Mudei 3 vezes de emprego, não sou mais estagiária e a culpa continua sendo sempre minha.
39 - Nunca viajei de avião.

40 - Não me importo em dizer o que sinto e não receber resposta. Mas isso já está começando a me incomodar.


Prontofalei!





Agora fala você.