quarta-feira, 12 de maio de 2010

Se eu não falar mais com você: Bom dia, boa tarde e boa noite!

Já perdi as contas de quantas vezes me vi exatamente como Truman em o Show da Vida. Fazendo as coisas levianamente, sem me perguntar muito sobre isso, fazer coisas que "precisam" ser feitas sem perguntar se elas realmente "precisam" ser feitas. O tempo todo correndo e sem se quer saber para onde se está indo. Gastando tempo com superficialidades e não com o que eu realmente gostaria de fazer. Sempre chega uma determinada hora do dia que eu me pergunto: "o que estou fazendo aqui?". Não que meu lugar não seja este, é só que já não me acho em lugar nenhum. Não deveria ser assim sabe... Fiquei pensando, fazemos coisas demais não acha?

[...] Bebemos demais, comemos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". Um momento de muita coisa na vitrine mas pouco dentro de nós [...]
Só queria ter energia pra arriscar por aquilo que acredito e não sucumbir à algumas imposições que caem à minha frente. Basta! Você sempre soube que eu era assim e por isso não venha agora querendo me padronizar. Me perdoe, mas essa imposição eu não vou aceitar. E talvez seja mesmo como na música e eu esteja apenas errando ao fazer a coisa certa.




"Fui procurar ajuda para um coração

trincado pela culpa,
vazando sem perdão.
Fui procurar ajuda para um coração
trincado pela culpa,
coagulando sem perdão.
Eu errei fazendo a coisa certa.
E, perdendo toda a essência".
(Poléxia - Eu te amo, porra)

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