sábado, 4 de janeiro de 2014

Ao infinito e além

E aí eu aprendi a me calar.

Saber quando parar, o momento certo de admitir que acabou, que está errado. Aprendi que vou aprender muito mais. Entender que eu não sei nada da vida é bonito. Confuso. Mas poético - de certa forma.

Precisei que me sacudissem pra eu perceber que estava errada. Descarrilei e então pude ver quão pequena sou. Não posso conduzir tudo, nem controlar todas vontades, todos caminhos.

Posso apenas ser o melhor que conseguir, ensinar o melhor de mim e aprender o melhor dos outros. Se hoje vejo que posso seguir rumo ao infinito, é por sua causa, meu amor. Se hoje vejo além, é porque te amo.

domingo, 3 de março de 2013

Pra nós, todo amor do mundo



Tudo o que disseram não se aproveita, pode acreditar em mim. E também não tenho muito a acrescentar à uma futura mãe, a única coisa que posso afirmar com propriedade é que filho não é sinônimo de noites mal dormidas, não é motivo para desespero, não é a dificuldade que todos falam. Então é fácil? Não, obviamente não!
Ser eleita como responsável pela manutenção da vida de alguém não é nada simples, mas as primeiras sensações compensam qualquer adversidade.
Imagine só você podendo experimentar todas as "primeiras vezes" de alguém. Ver a primeira careta com o gosto ruim daquele remédio, acompanhar as primeiras palavras, o primeiro banho e as descobertas do frio e do calor.
Sua vida não acabou, ou talvez a vida de alguém tenha acabado sim. Porque você renasce, nunca mais será como antes, você não se vê mais como antes.
De tudo que me foi dito posso concordar que é um amor incondicional, com certeza. Talvez o único que você vá provar por toda a vida.

E você se pergunta como demonstrar isso tudo, porque não cabe de uma vez só dentro de você...

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Conselho se fosse bom...



Sempre começa assim, e eu me pergunto: “Quantas vezes ainda?”. Acho que todo mundo já teve alguma experiência similar. Depois de horas e mais horas de viajem você esvazia o porta-malas do carro, senta no sofá e no primeiro gole de café já vem a primeira.
“Quantos anos você completa esse ano? Nossa! 25? E ainda não casou? Vai ficar pra titia...”.
Vi essa cena se repetir inúmeras vezes, pelo menos uma vez por ano depois dos 15. Porque você sabe né... Antigamente... - e lá vinha outra história sobre como eu deveria viver o meu futuro. 
Não sei se sou eu que sou toda torta, mas sempre preferi oferecer um ouvido amigo e um sorriso sincero a um conselho sem graça. Minha mãe que é mulher sábia me ensinou a ficar quieta e escutar as histórias dos outros, no fundo todo mundo quer ser ouvido, todo mundo gosta de contar suas histórias. E sabe do que mais? Eu gosto e sempre gostei de ouvir. Geralmente as pessoas só esperam uma brecha pra poder falar e quando você vê lá se foi seu problema, a vez já não é mais sua.
No meu caso estou passando pela fase da minha vida em que mais recebi conselhos. Se juntar todos os anos de conselhos azedos não dá nem um terço do que já ouvi nos últimos sete meses. 
Faça isso, escolha aquele. Esse não, você nem vai usar. Isso não presta. Porque no meu tempo... 
Muito bem colocado. No SEU tempo. Esse tempo agora é meu. Que medo as pessoas têm em ver alguém errando, sua mãe nunca disse que é errando que se aprende?
Aonde ir, o que devo comer, quantos minutos de exercícios por semana, que roupa usar, o que comprar. Tudo ganha outro sentido quando sua barriga começa a crescer e ganhar forma.
Ouvi essa hoje pela manhã: - Você acha que vamos tirar tudo de letra? Que não vamos ligar pras nossas mães de madrugada? 
Respira fundo e pense que gravidez não vai te absolver no julgamento se caso você resolver enforcar esse sujeito. Penso em não esganar ainda essa pobre alma que profetizou essas palavras...
Não sou inocente, sei que certos dias, vou querer arrancar os cabelos, que as noites mal dormidas existem em uma grande maioria. Mas sei também que ninguém está sentindo o que eu estou, e que se existe algum conselho que eu vou guardar é que posso ficar tranquila: "A mãe nasce com o filho. Você vai saber o que fazer". 
Ano novo começando e não há dia melhor para jogar fora os velhos conselhos e escrever as "promessas de ano novo". Mas além de me esforçar muito mais para ter paciência e calma este ano, vou me esforçar para ser alguém melhor e amar ainda mais as pessoas que fazem parte de mim. Aproveitar para agradecer todos os desentendimentos resolvidos, todas as brigas que passaram e agora seguir em frente, com a cabeça erguida e com um sorriso imenso nos lábios. Porque eu sei que esse ano será diferente e jamais esquecerei 2013!
E claro... Obrigada 2012, por tudo que você me proporcionou.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Síndrome de Papai Noel

É de conhecimento  geral e comum que adoro o Natal. Mas não é porque se ganha presente, ou se presenteia, nem porque é época de fartura e nem porque há um consenso que todos são mais simpáticos e bem humorados no Natal.
Amo o Natal pelo cheiro que fica no ar, pelas cigarras cantando estridente, pelo calor que sufoca enquanto eu assisto os filmes e desenhos cheios de neve. Amo o Natal pelos biscoitos, pelos enfeites do shopping, pelos especiais que passam na TV. Pelas apresentações nas escolas. Amo o Natal por todo e qualquer coral que sempre paro para escutar. Amo pelas luzes piscando e os ursinhos com touca de Papai Noel.
Acho que deu pra notar que eu realmente amo o Natal e não sei ao certo o por quê. Meus pais nunca comemoraram o Natal, nunca trocamos presentes nessa data e ser livre pelo menos dessa veia capitalista  também me faz gostar mais do Natal. Porque no Natal só dou presente se eu realmente tiver condições e só para quem eu realmente amo, não sou daquelas que sai entregando bombons para todos só porque é Natal...
Mas não foi sempre assim, descobri essa paixão pelo Natal depois de crescidinha, devia ter meus 9 ou 10 anos e sempre me lembrarei das manhãs de maratonas de desenhos natalinos no Cartoon Network e os filmes: O Grinch, Esqueceram de mim, eram clássicos e nunca faltavam. 
O tempo passou e obviamente muitas dessas tradições foram deixadas de lado, mas o cheiro de Natal continua lá, assim como minha admiração por essa data. Dificilmente alguém vai me ver desejando Feliz Natal por aí, mas comemoro do meu jeito. E acho que se existe alguma data em que a maioria acredita ter motivos para ser uma pessoa melhor e fazer boas ações, então esta deve ser realmente comemorada. No resto do ano você pode ser ruim...
Mas lembre-se que seu pedaço de carvão estará reservado.

Quanto a mim? Acho que fui uma boa garota esse ano, pois vou ganhar o maior presente de todos e já tem mês certo para chegar.


   

domingo, 11 de novembro de 2012

Pensar demais acaba fazendo a gente desistir



Lendo algumas postagens antigas percebi que parece que eu sempre tenho razão. Mas não. É fácil escrever as coisas do jeito que a gente quer, falar, apontar os culpados. A verdade é que ser vítima, desistir, lamentar, é geralmente o caminho mais fácil... O caminho dos fracos!
Hoje enfrentei alguns medos, parei de pensar e falei o que sentia. Ando afetada por uma maré de franqueza. A verdade é que não falei nada em que não acredito, disse realmente o que sentia na hora em que senti. E agora? Agora me arrependo.
Nem todas as nossas verdades devem ser ditas, nem sempre há um culpado e para um mesmo fato, há infinitas interpretações.
A minha conclusão foi que eu poderia ter guardado um pouco do amargo para mim. Aos poucos diluiria nos dias e talvez passasse antes do esperado. Mas porque só os meus sentimentos podem ser aborrecidos?
Talvez eu estivesse amargurada demais para guardar mais uma e explodi. Eu sempre disse, palavras têm um imenso poder e depois de pronunciadas o caminho que seguem é imprevisível. Eu escolhi as minhas, o caminho que você irá dar a elas eu não sei e também não poderia ajudar se soubesse. Estou ocupada achando um caminho para as suas.


domingo, 16 de setembro de 2012

Meu coração é um músculo involuntário


e ele pulsa... por você




Olá. Alana. Danilo. Thalita. Não sabemos ainda... Eu e seu pai não conseguimos nos decidir. Mas quando soubermos o que você é, vai ficar mais fácil... Ou a briga mais acirrada, vai saber...

Se você for menina seu pai não vai abrir mão de Alana, ele já me disse que seria teu nome desde o primeiro encontro que tivemos. Mas você já deve ter notado nesses 3 meses, que pedindo com jeitinho ele abre mão das coisas que mais gosta por nós. Talvez porque nos ame muito mais.
Eu arrisco a dizer que você é um menino, mas minha família é marcada por muitas mulheres, se a genética prevalecer né. Seu pai acha que você é uma menininha, talvez ele queira alguém pra proteger. Mas do quê? A gente pode saber? Mas não se chateie, ok? Nós vamos encontrar uma solução pra isso.
Bem, não sei como começar, primeiro que é estranho falar com a minha barriga. Sabe, isso é difícil. Os enjôos, dores de cabeça, as manchas na pele, vaidade é uma coisa que não cabe mais, aliás, poucas coisas cabem em mim nessa fase. As roupas já eram, mas isso é só o começo da maternidade. Ser mãe não é coisa fácil. Mãe. Que troço esquisito pra quem ainda come sucrilhos no café da manhã.
Mas vai ficar tudo bem. Nós não planejamos você, mas aconteceu. Primeiro eu tive uma crise imensa, até contar para os seus avós. Um dia te explico direitinho, mas foi neles que encontrei força.
Teu pai não ajudou muito no começo, vibrava de alegria o tempo todo e eu numa angústia danada. Além disso ele não estava aqui o tempo todo. Bom, agora ele também não está, mas ele teve que viajar e vai voltar logo, enquanto isso a gente aproveita pra se conhecer melhor, né?!
Apesar de todo medo no começo, nunca tive dúvidas de que precisava de você, talvez mais que você de mim. Desde o primeiro ultrassom, onde pude ouvir seu coração, percebi que você pode me ensinar muitas coisas. Coisas que talvez não pudesse aprender sozinha e há um monte de coisas que eu preciso saber. Como ser menos egoísta, menos inconsequente, por exemplo.
Bem, você deve ter percebido que estou confusa quanto ao meu papel nessa. As coisas vão mudar, eu sei, mas acho que vou me sair bem. Dizem que, agora sim, vou conhecer o verdadeiro amor.  E confesso, estou muito curiosa e trêmula. Talvez eu diga muita coisa daqui até seu parto, e pode ser que nem tudo seja agradável de se ouvir. Mas é que eu ficarei muito assustada. Tudo bem pra você?
Mas, pulando essa parte a gente vai sair do hospital e conhecer o mundo, já tento te mostrar algumas coisas, mas é pura ansiedade.
Começamos uma poupança pra você, não tem muita coisa ainda, mas com certeza já dá um McLanche Feliz. O que você acha? Prefere batatas fritas? O que você quer agora? Talvez sair com seu pai e sua mãe pra passear no shopping?
Você vai gostar dos seus avós, e deixa eu te contar algumas coisas sobre meus pais. Da sua avó você pode conseguir qualquer coisa se mostrar que a ama, e se conseguir fazer o vovô rir, ele te trará sorvete depois.
E provavelmente você conhecerá sua bisavó, ela mora na casa da vovó hoje e está bem velhinha, mas também pudera, carrega o peso de quatro gerações nas costas. Ela é legal, mas vai perguntar teu nome toda vez que lhe ver.
Já estou escolhendo a música que vou cantar quando você começar a espernear. Quando você começar a se mexer vou fazer os testes de quais te acalmam e de quais te animam mais.
Não ganhamos muitos presentes ainda, mas é porque você ainda está muito pequeno, ou pequena. A vovó está comprando muitas coisas, ela já ama muito você, viu?!
E o papai já comprou um uniformizinho do corinthians. Tá, sei que você pode até não gostar disso mais pra frente. Mas tenha calma com ele... E sorria sempre que ver as suas fotos com a roupinha. Temos um trato?
Não será perfeito o tempo todo. Haverá dias que você vai berrar sem parar e eu vou implorar pra você começar a falar agora mesmo, e diga afinal o que é que você quer. Mas tudo bem, a gente sempre vai fazer as pazes e assistir o que você escolher.
É, nós adultos somos complicados mesmo, na maioria das vezes a gente não sabe direito o que está fazendo.
Mas não se preocupe, vamos amar você infinitamente. Como assim, quanto é infinito? Infinito é infinito. É tudo. É pra sempre. É sem fim. É uma coisa que não dá pra contar nos dedos. Nem na calculadora? Não, nem na calculadora, meu amor.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Uma questão de valores

Sabe quando você tem saudade, mas pensa que não deveria voltar? Pois é, meu afastamento têm motivos. Alguns bons, outros nem tanto... Mas mudanças não são fáceis! Né?
Sempre que entro em conflito tenho uma tendência bem leve de me auto flagelar (ok, apaga o "bem leve"), com direito a questões melodramáticas como: Porque eu? Tudo dá errado pra mim! Quando serei feliz? Porque me importo tanto, enquanto outros parecem nem ligar?
E outras coisinhas que me garantiriam uma excelente e promissora carreira de atriz.
Mas não me cabe mais esses estresses tão comuns. Sei, sei... Sempre digo isso. Realmente, toda segunda-feira digito mentalmente um discurso, onde serei uma fiel seguidora de Dalai Lama e pregarei pelo mundo palavras de paz.
Tudo bem, ser calma e tranquila não combinam tanto comigo. Mas é que já não é por mim, entende?
E depois que parei pra pensar, não há problema suficientemente grande que mereça o nível de estresse com que eu me envolvo.
Costumava dizer um amigo meu:

Se têm solução, uma hora vai acabar dando certo. E se não tem... Pra que esquentar a cabeça??

Prova mais concreta que uma hora ou outra as coisas acabam se encaixando eu não vou encontrar. É quase emocionante ver como o quebra-cabeça se monta sozinho. Claro, se apavorar e chorar feito criança é sempre uma opção, reclamar a falta de sorte é até elegante. Mas lembre-se, as coisas têm o valor que você colocar nelas.
E calma, não vamos resolver nada com a cabeça quente. Com as opções e mente abertas, fica bem mais fácil decidir!