sexta-feira, 27 de julho de 2012

Uma questão de valores

Sabe quando você tem saudade, mas pensa que não deveria voltar? Pois é, meu afastamento têm motivos. Alguns bons, outros nem tanto... Mas mudanças não são fáceis! Né?
Sempre que entro em conflito tenho uma tendência bem leve de me auto flagelar (ok, apaga o "bem leve"), com direito a questões melodramáticas como: Porque eu? Tudo dá errado pra mim! Quando serei feliz? Porque me importo tanto, enquanto outros parecem nem ligar?
E outras coisinhas que me garantiriam uma excelente e promissora carreira de atriz.
Mas não me cabe mais esses estresses tão comuns. Sei, sei... Sempre digo isso. Realmente, toda segunda-feira digito mentalmente um discurso, onde serei uma fiel seguidora de Dalai Lama e pregarei pelo mundo palavras de paz.
Tudo bem, ser calma e tranquila não combinam tanto comigo. Mas é que já não é por mim, entende?
E depois que parei pra pensar, não há problema suficientemente grande que mereça o nível de estresse com que eu me envolvo.
Costumava dizer um amigo meu:

Se têm solução, uma hora vai acabar dando certo. E se não tem... Pra que esquentar a cabeça??

Prova mais concreta que uma hora ou outra as coisas acabam se encaixando eu não vou encontrar. É quase emocionante ver como o quebra-cabeça se monta sozinho. Claro, se apavorar e chorar feito criança é sempre uma opção, reclamar a falta de sorte é até elegante. Mas lembre-se, as coisas têm o valor que você colocar nelas.
E calma, não vamos resolver nada com a cabeça quente. Com as opções e mente abertas, fica bem mais fácil decidir!

terça-feira, 24 de julho de 2012

A emenda pode sair pior que o soneto.

Às vezes querer ser muito detalhista, muito perfeitinha está longe de ser o melhor a se fazer. Algumas coisas na vida dão errado, algumas coisas simplesmente fogem ao controle e não há motivo para cair em desespero.
Tá certo que pedir para não entrar em absoluto colapso porque os planos deram uma desviadinha, é muito pra mim. Sou certinha, cheia de planos, mil ideias para cumprir. Mas nem sempre dá!
Algumas vezes têm que deixar a maré levar e ela leva pra onde há calmaria, isso é comprovado - não sei por quem, nem onde está, mas é comprovado sim!!! - Uns reagem melhor que outros, quem você imaginava gritar, te abraça. Quem você achava que ia demorar anos pra saber, te liga. E assim segue o fluxo...
Acho que nunca vou esquecer de uma das minhas aulas da auto-escola. Lá estava eu - odiando tudo profundamente, suplicando para que a instrutora parasse de gritar ou então que pelo menos sua cabeça explodisse em mil pedacinhos - tentando desviar do meio fio e ultrapassar os 30Km/h, quando: fecha o sinal.
- REDUZ A VELOCIDADE!! PÁRA!!! - diz ela.
Reduzindo e parando.
Percebo que tem uma rotatória, mas que ninguém faz a bendita. O que eu faço????? (Lembram do desespero? Apresento-lhes).
- O que eu faço ali na frente?
- TEM UMA ROTATÓRIA.
- Sim, mas os carros não vão fazer a rotatória - e respiro fundo.
- MAS É UMA ROTATÓRIA.
Respito mais fundo ainda.
O sinal abre e como previsto os carros não fazem a rotatória.
- SEGUE O FLUXO!!! - diz ela.
E sabe de uma coisa? Eu segui! Sabia que era uma rotatória e que não deveria cortar por dentro. Queria mais do que tudo na vida, mais do que tirar a carteira de motorista, dar na cara daquela instrutora horripilante.
Mas, eu segui o fluxo...
Não que tudo na vida deva ser deixado por conta do "destino", mas em alguns momentos não há muito o que possa ser feito.
Agora o mais justo é deixar que o rumo seja tomado e curtir o fluxo dos ventos frescos!
Acho que mesmo aos berros a tal mulherzinha me ensinou alguma coisa enfim. Talvez não muito sobre direção, mas sobre respirar fundo e deixar que as coisas sigam o fluxo e nos conduzam à dias melhores.