segunda-feira, 5 de março de 2012

Entra no balão!!!

Os últimos dias têm sido realmente cansativos no meu trabalho, mas até aí tudo bem, tudo normal...
Quem convive um pouco mais comigo sabe que necessito de algumas mudanças vez ou outra e realmente tenho que fazer algo para modificar essa situação. A gente se acomoda até com coisas ruins.
Enfim, tenho me estressado muito no trabalho, as horas extras e os serviços cada vez mais acumulados estão desgastando a todos, mas nem reclamaria. Primeiro porque não sou de fazer corpo mole com nada e segundo que quem precisa não pode se dar ao luxo de jogar tudo para o alto.
Mas hoje se não fosse pelo balão eu teria feito algo que talvez me arrependesse amanhã. Tá... vou explicar qual é a do balão.
Há umas duas semanas uma estagiária me viu um pouco nervosa e com uma voz mansinha me disse: "-Entra no balão Mih..."
Hein?
Balão? Que balão doida?
E ela juntando os braços de forma que formassem um círculo disse: "-Vi num filme uma vez uma menininha fazer isso toda vez que ficava muito nervosa, fazendo o balão ela se acalmava".
Naquele momento eu ri e o ambiente ficou mais leve. E hoje eu precisei entrar no balão, respirei fundo, mentalizei a cor azul e respondi calma e educadamente as palavras grosseiras do chefe.
Não foi fácil manter a calma, mas eu fingi ter paciência...


"A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência"Paciência - Lenine

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Como foi minha história de amor


Tem aquela frase que diz: 'Quem cria expectativa gera frustração'. A única conclusão que me vem na cabeça é que EU GERO FRUSTRAÇÃO!!

Bom, falando assim dá pra se perder e depois de meses sem escrever nada, além de lembretes para o mercado e avisos para o chefe, é até meio mal educado chegar esperando que os outros entrem no meu ritmo. E hoje, mais do que nunca, sei que nada se pode fazer para que alguém ande no nosso compasso. Sabe aquele dia em que você só fecha os olhos e pede para que tudo termine bem? Esse é um deles... Mas, sem dramas. Vamos falar de amor.
O amor é mutável e se adapta como a maioria dos sentimentos humanos. A gente não tem em quem se espelhar. E fica ainda mais difícil sem saber se o certo é casar, namorar, namorar dois ou três, ficar sozinha... A gente não sabe, a gente tem é que sofrer pra aprender! E de alguma forma, isso é o mais bonito de tudo.
Eu queria alguém que a presença fosse agradável. E depois de alguns anos de relacionamentos eu encontrei essa presença. Tudo era bom, os momentos eram mais divertidos. Aquela pessoa pela qual vale a pena fazer planos. Você pode beijar 10 pessoas, mas se você beijar uma que você quer muito; tem outro gosto... Eu me apaixonei, não fiz por querer...
Eu tinha tudo e por caprichos e luxos eu perdi. Me pergunto, porque eu fiz isso? Porque meu Deus? Tinha problemas, mas era melhor deixar como tava. Fingir que nada tava acontecendo...

O ser humano é insatisfeito por natureza. A partir disso cheguei a uma conclusão: a gente tem que levar as coisas ao extremo. Se é pra sofrer, vamos fazer direito! Vamos lá, você tem o que a perder? Ninguém morre de amor, então extraia o máximo dessa experiência! Admita, ame, chore, sofra e repita esse looping quantas vezes houver necessidade. Visto isso eu comecei a analisar os casais que eu conheço e pensar o que eu quero quando eu tiver um relacionamento.

Não achei nenhum casal!

Então, pensei. É, tudo, tudo eu não vou encontrar, então comecei a analisar o que é importante pra mim e do que eu não abro mão dentro de um relacionamento e cheguei aos 5 itens:

1 - Sintonia: A pessoa tem que querer a mesma coisa que você! Sincronicidade!
2 - Admiração: Beleza é importante. Lógico, não dá pra cobrar beleza se você for muito feio (haha). O que você acha bonito pode ser diferente do que eu acho bonito. Tem que ser bonito pra você, não para seus amigos. Mas você tem que admirar sobretudo, caráter!
3 - Respeito: Tem coisas que você não deve fazer porque não gostaria que fizessem com você. Isso a gente deve ter com todo ser humano.
4 - Putaria: Tem que ser bom pros dois.
5 - Humildade: Nem todos os dias a gente acorda com o cabelo liso, com a pele brilhando, parecendo que dormiu maquiada. Amanhã você pode acordar parecendo um panda, não exija da outra pessoa algo que você não é. Seja humilde! Perfeição não existe.

Depois disso tudo cheguei a conclusão de que se a sorte não bater a minha porta outra vez, eu fiz o que me coube e entenderei que os meios fazem o fim valer a pena. Fui feliz o tempo que nos coube e por mais difícil que seja dizer 'eu não quero', foi a decisão certa a fazer. Abrir mão de algumas coisas pode ser uma forma de liberdade e abrir oportunidades para que novas coisas tomem seu lugar, ou não...
Só sei que neste mundo de tantos anos, entre tantos outros. Que sorte a nossa, hein?! E quem foi que escolheu a nossa sorte?

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sobre e-mail e a diferença entre ignorar e abstrair

Sempre preferi dar um bom exemplo, do que seguir um mau...

Li algo parecido com isso uma vez, não sei quem disse, mas também pouco importa. Não faz diferença (pelo menos pra mim) quem fala, me importa se o que tem a ser dito é digno de ser ouvido. Nesse caso, pra mim é. Ma
s, como todos vivem de esteriótipos, pode dizer que foi Dalai Lama, Chico Xavier, sei lá... Clarice. O que acharem mais merecidos de serem lidos. Até mesmo porque se disser que foi meu vizinho, que tem 7 cachorros e que trabalha no Paraguai, poucos darão credibilidade ao texto...

Mas enfim, me peguei pensando sobre isso. Acontece que essa semana recebi um e-mail, que me fez questionar muitas coisas. Dizia - entre palávras ásperas e mal escolhidas - que se eu fosse agir "dessa" forma, era melhor sumir.
Parei pra pensar o que teria feito eu para merecer tais palavras, mas aí o pensamento se aprofundou... O que teria feito de mim um ser tão poderoso a ponto de poder escolher estar ou não na vida de alguém? Tenho mesmo o direito de opinar sobre isso? Creio que não...
Acredito que todas as pessoas que entraram
e que permanecem na minha vida foram com meu consentimento.
Tentei reavaliar minhas atitudes e já que estavam sendo incômodas para pessoas que eu considero, resolvi modificar... Mas ao fazer algo "certo", algo "bom", não recebi nenhuma palavra de retorno. NADA, nadinha...

É engraçado como a maioria das pessoas tendem a reforçar o ruim, o que lhes desagrada... Enquanto aquilo para o qual deveriam realmente valorizar não o fazem...

Podem dizer que é papo de gente roots, de bicho grilo que eu sempre fui, de gente zen que não liga para o senso comum. Mas passamos muito tempo cultivando o ódio, a raiva... Enquanto deveríamos ver o amor que existe dentro das pe
ssoas, e que um gesto simples, sem muita importância aparente, foi fruto de grandes reflexões, de noite mal dormida, de refeições puladas e várias lágrimas...

Mesmo sendo pouco ou quase nada reconhecido, ainda prefiro muito mais fazer o que julgo correto do que devolver na mesma moeda...


terça-feira, 4 de outubro de 2011

As origens não enganam, já dizia Darwin

Já sentiu que o mundo te pertence? Que você é capaz? Passei muito tempo pensando que as coisas nunca iriam se encaixar e agora percebo que justamente por isso as coisas aconteceram da forma como foi, tudo tratou de ser como deveria...
Agora me concentro mais do que nunca naquilo que adoro fazer: estudar é algo que sempre me entusiasmou muito, ler sobre tudo e sempre querer mais, rir sem ser julgada, viver livre... É engraçado ver que você ainda é quem sempre foi, só que agora melhor.
E pensar que isso vale pra mim e pra muita gente. Algumas coisas mudam, claro! Mas eu sabia que você não mudaria, no fundo sempre soube que você vive de aparências, e veja só, estava coberta de razão. Você dizia que não, a quem queria enganar? Não dá pra mentir pra gente mesmo...
Por isso nunca escondi quem eu sou, tenho orgulho de ser como sou, o padrão nunca foi de meu interesse, nunca esperei agradar as pessoas. Mas não pense que estou querendo te atingir... Querido, meu objetivo não é ofender um indivíduo, é afetar as grandes massas...

domingo, 14 de agosto de 2011

Boys don't cry.


Quando a dor é excesso fica difícil ser racional. Não sei de quais estratégias estou utilizando por hora, mas mudo a todo instante na esperança de que alguma delas sirva de suavizador para meus conflitos.
Já sentiu seu peito prestes a explodir, como um balão? Quantos dias duram os lutos? Por quanto tempo se deve chorar? Até onde é permitido sofrer? Creio que essas respostas sejam complexas demais para meu conhecimento vulgar.

Repetidas vezes as pessoas chegam até mim, e perguntam: Você mora sozinha... Não se sente solitária? Não é ruim?
Veja bem meu bem... Nem sempre é como eu gostaria que fosse, claro que me sinto sozinha às vezes, mas me sinto assim fora de casa também. A solidão não é a pior coisa da vida, se Clarice que foi Clarice era só para conhecer quem era, porque eu não poderei aproveitar o que a solidão vem me oferecer? Sábado a noite em casa, há algum tempo não fazia isso, e sabe de uma coisa?
Terei que fazer mais vezes... esses momentos me mostram que eu não estou lá tão curada quanto pensava e meus fantasmas não foram totalmente exorcizados. Claro, isso não acontecerá da maneira mais fácil.
Como diria um amigo meu: Vai ser difícil... Nossa Mih, mas vai ser muito difícil... Mas acredite... Vai dar certo!

E sabe do que mais?

Vai dar certo...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Aqui jaz um astro do rock

Sim, como uma grande amante de música boa eu não poderia esquecer, não ia passar batido, nem por um segundo, nem por uma nota, nem por minhas crises existenciais... eu não poderia deixar de falar sobre mais uma morte aos 27...
Todos falam, e mesmo eu que não tenho muito tempo pra atualizações fico logo sabendo que Amy Winehouse morre... SIM, aos 27! Todos sabemos a pessoa polêmica que Amy representava, então não irei me ater a ela propriamente, afinal todos merecem descanso, faremos o favor de dá-lo um pouco à Amy. Eu não tinha o hábito de escutar o trabalho de Amy Winehouse, mas confesso que aprecio. Tá certo que Amy não era tão rock'n roll assim, o som puxadinho para o jazz, uma coisa assim meio soul, mas é fato e não se pode negar que sua alma, seu espírito, sua irreverência era puro rock. ENFIM!! Aos 27!!!
Ok, ok, pra quem AINDA não entendeu eu vou explicar. É só fazer uma viajem no tempo pra ver que a coincidência não está só na vida "sexo, drogas e rock'n roll" que nossos astros dividiam. Pra exemplificar, alguns nomes que também morreram aos 27: Jimi Hendrix, Jim Morrison, Kurt Cobain (e olha que esse aí foi escolha), Janis Joplin e agora nossa querida Amy...
Bom, deixemos a Amy em paz. Eu quero mesmo é aproveitar esse momento Woodstock pra lembrar não só de tragédias, mas da música que todos eles fizeram, não só até os 27, mas até hoje e para sempre... Não tem quem não conheça o hino grunge 'Smells like teen spirit', nem quem veja uma guitarra sem lembrar de Jimi, seus solos perfeitos... não existe uma só roqueira que se preze que não queria ter vivido com Jim, só para ter o prazer de ser sua tiete e por fim... nossa Janis... ah... a Janis...
Há tempos venho querendo escrever um post sobre ela. Até saberia o título: "Eu queria ser a Janis", clichê! Sim... mas é o que posso fazer...
De certa forma sempre invejaremos estas pessoas... Sim, pois elas são eternas... e se eternizam todos os dias através de nós.
E é com o rock and roll nas veias que eu lamento a falta, mas aproveito cada nota que deixaram para todos.


"Vivo para o momento das apresentações, cheia de emoção e excitação, como esperando alguém a vida toda".
[Janis Joplin]


No meio de uma crise é mais difícil escrever, mas como nunca sei até quando elas vão durar, me esforço para estar aqui e por mais difícil que seja estampar um sorriso no rosto... é com ele que eu encaro os meus dias... Fico feliz em saber que Janis também tinha suas fraquezas e nem por isso expirava menos beleza...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sobre gatos, água e o medo de perder...



Levei um grande susto essa semana que me fez recordar de um pensamento de Caio Fernando, em que ele dizia que somos todos imortais, ilusoriamente imortais, pois não entendemos a morte como algo diário, algo comum e simples como uma fila de banco ou cortar-se fazendo a barba... REALMENTE!
Não tratamos de assuntos importantes com simplicidade. Essa semana me ocorreu algo que me pôs a pensar sobre o assunto. O Sheldon, meu gatinho de estimação quase me deixou prematuramente. Claro, nunca estamos preparados para perdas, mas ver que eu não estou me causa espanto. Eu que jurava desapegada, que declaro não precisar de nada nem ninguém, me vi em desespero com o Sheldon em meus braços e sem nada poder fazer...
Ele está bem, ainda bem! Mas talvez eu não esteja tanto...
Algumas carências, algumas necessidades não somem do dia para a noite; mas podem ser transferidas, realocadas. E assim fiz eu com o Sheldon, enquanto um amor saía por uma porta o Sheldon já estava debaixo das minhas cobertas. Algumas coisas acontecem sem nossa permissão consciente.
Gosto da presença do Sheldon por aqui, assim como gostava da anterior...
Sabe... não levo jeito para criar animais. Lembro dos primeiros que tive. Eram três cadelinhas: Negrita, Fafá e Xuxa. Acho que elas já moravam em minha casa antes mesmo de eu existir.
Cresceram na mesma medida que nós e de repente não estavam mais aqui, lógico que esse de repente não foi tão de repente assim, mas estamos falando de épocas onde minha família ainda era grande e brigávamos pra decidir quem ia ficar com a barbie loira . Depois delas me lembro da Cessy, uma linda gatinha que teve seu fim breve e ficou pouco mais de um ano comigo. E sim, quem iria esquecer do Toquinho? Esse foi guerreiro, ficou cerca de 16 anos conosco, e desse eu me lembro muito bem, desde o dia em que meus pais chegaram com ele em casa e o vi no colo de minha mãe, tão pequenininho e desprotegido...
Depois vieram a Melody, Doty e a Luna, mas nenhuma chegou a morar comigo, foram para a casa dos meus pais.
Meus, meus mesmo foram só dois: a Heloísa, uma cachorrinha já crescidinha que minha mãe acolheu e me trouxe para amar, que foi um dia dar uma voltinha e não voltou mais. E o Sheldon, que agora está mais perto de mim do que nunca, depois desse susto.
Creio que ele não poderá compreender certas coisas, mas aprendi muito com ele por esses dias.
O Sheldon, que reconhece seu pacote de ração pelo barulho, que já assistiu todos os episódios de The Big Bang Theory, que vibra ao som de Foo Fighters e adora beber no meu copo, se eu me descuido.
Sei que esse post não tem muito meu estilo, falar sobre quem sou e ser tão específica sobre meus sentimentos não faz parte de mim, mas talvez através disso eu esteja tentando dizer muito mais...