segunda-feira, 31 de maio de 2010

Agora e depois

Começa assim, devagar... Inocente, com poucas certezas e muitas vontades. Depois de um tempo te atinge avassaladoramente. Muito do que eu planejei pra mim não se tornou realidade, mas algo que eu não imaginava aconteceu e agora só me resta sorrir e mais uma vez me deslumbrar com o início do resto de nossas vidas.
Aprender a amar não é assim tão simples, mas é uma lição muito gostosa, com todas essas inúmeras diferenças que me alimentam e me emocionam. Enquanto você deixa tudo subentendido eu digo concretamente o que quero, se você gosta do lado certo eu viro do avesso, se um quer deitar o outro levanta-se freneticamente sem acordo.Opostos que se atraem? Será que isso convém? Não sei. Mas somos também os dispostos, não é mesmo? Com você minha disposição é muito maior do que antes. Em meio a passado, mudanças e como diz você... amor demais, eu me animo pra viver tudo isso mais uma vez com grande esperança de ser exatamente assim... Diferente. Com o tempo aprendi que olhar para trás é normal, mas não olhemos por muito tempo, nos atentemos a isso agora, a isso que acontece e eu nem pisco para não perder nem uma expressão sua. Amar não é tão fácil assim e explicar é uma tarefa árdua, mas se for pra definir diria que amar é uma sutil mudança de comportamento e no modo de ver o mundo. É uma esperança quando se olha pra cima. Amar é algo que eu já fazia. Mas que agora (ao seu lado) faço melhor.
Você diz que isso vai longe... Assim espero, assim almejo, assim acredito. Mas como disse pra você uma vez... Não existe tempo pra nós. Se toda carta de amor é brega - como diz Anitelli - acho que este post está repleto de um sentimento muito cafona que agora me domina.
Busco palavras polidas para dizer o que não consigo, e sem muito o que dizer, pois as palavras incrivelmente me faltam nas horas mais inoportunas, eu sigo sentindo. Sentindo por você algo inédito... Algo grande... Algo bom.

sábado, 22 de maio de 2010

Aos passos ensaiados

Não importa se você não sabe dançar ou se o seu ritmo está fora do compasso. Ninguém pode ouvir a música que você está dançando e o que importa é quem está na plateia te aplaudindo e cantando com você, sem mesmo saber a letra da música que ninguém mais além de você pode ouvir.




terça-feira, 18 de maio de 2010

A sorte me encontrou.


(Amar) é coisa de morrer e matar mas tem som de sorriso.
Hilda Hilst

Sabe como algumas coisas simplesmente perdem o sentido? E você já nem sabe mais o porquê de tudo e de algumas coisas. Fica sonhando acordada enquanto alguns poucos vivem o que você mais deseja.
Não que eu seja infeliz, muito menos que eu seja má. Eu não sou má, só fui desenhada desse jeito...
Todos têm seus dias ruins, mas nunca são como os nossos dias ruins e é por isso que nossa dor é sempre mais dolorida que a alheia. Já notou que por algumas frações de segundo não temos controle sobre nada e o destino se conduz de forma aleatória às nossas escolhas e acabam por traçar um caminho sem ao menos perguntar nossa opinião sobre isso? Mas para a minha felicidade a sorte me encontrou e me trouxe um raio de sol. Não que a minha escuridão fosse ruim... É só que eu vejo melhor as coisas do seu lado. Todos procuram um feixe de luz, um raio de sol.
Comigo aconteceu, sem que eu parasse para pensar, sem chance de refletir, pesar os prós e contras, sem que eu fizesse o que sempre faço e estragasse tudo. Discordo de você, se estamos buscando a mesma coisa não podemos ser assim tão diferentes. Nostálgicos assumidos, acho que no fim das contas somos o par perfeito. E se formos assim... diferentes... então já nos assemelhamos nisso também. Como eu já te falei, não era o que queria agora e talvez se eu tivesse escolhido teria sido diferente.
Mas algumas coisas fogem ao nosso controle e faz do avesso o lado certo. Aconteceu comigo e não parei pra pensar. Vai ficar marcado pra sempre... Ainda bem! Do jeito que eu queria...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Se eu não falar mais com você: Bom dia, boa tarde e boa noite!

Já perdi as contas de quantas vezes me vi exatamente como Truman em o Show da Vida. Fazendo as coisas levianamente, sem me perguntar muito sobre isso, fazer coisas que "precisam" ser feitas sem perguntar se elas realmente "precisam" ser feitas. O tempo todo correndo e sem se quer saber para onde se está indo. Gastando tempo com superficialidades e não com o que eu realmente gostaria de fazer. Sempre chega uma determinada hora do dia que eu me pergunto: "o que estou fazendo aqui?". Não que meu lugar não seja este, é só que já não me acho em lugar nenhum. Não deveria ser assim sabe... Fiquei pensando, fazemos coisas demais não acha?

[...] Bebemos demais, comemos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". Um momento de muita coisa na vitrine mas pouco dentro de nós [...]
Só queria ter energia pra arriscar por aquilo que acredito e não sucumbir à algumas imposições que caem à minha frente. Basta! Você sempre soube que eu era assim e por isso não venha agora querendo me padronizar. Me perdoe, mas essa imposição eu não vou aceitar. E talvez seja mesmo como na música e eu esteja apenas errando ao fazer a coisa certa.




"Fui procurar ajuda para um coração

trincado pela culpa,
vazando sem perdão.
Fui procurar ajuda para um coração
trincado pela culpa,
coagulando sem perdão.
Eu errei fazendo a coisa certa.
E, perdendo toda a essência".
(Poléxia - Eu te amo, porra)

sábado, 8 de maio de 2010

Entre os tubos de rugai

Acredito que muitas pessoas das quais lêem o Cria-Atura não me conhecem bem. Na verdade não sei ao certo se existe alguém que me conheça...
E nem sei se, ao menos, alguém aqui sabe, que sou formada, ou mesmo que trabalho em laboratório. Sabe... Laboratório é um lugar estranho. Muitas coisas a fazer e no entanto muito tempo pra pensar. E foi em uma tarde assim que comecei a me questionar. Tanto esforço pra quê?
Voltando ao meu trabalho... Grande parte dele envolve microbiologia, e por isso tenho contato constante com os mais diversos tipos de bactérias. Ao ponto de achar bonita uma colônia só pelo fato dela ser verde, ou roxa, ou pela disposição do conjunto, enfim... Fico analisando o comportamento desses seres há muito tempo. Mas nessa tarde específica eu analisei o nosso... Sabe, não somos muito diferentes delas. Com as bactérias basta haver um meio adequado, temperatura necessária e um tempinho pra que elas cresçam... E é certo que elas crescem. Com a gente é a mesma coisa, se estivermos em um lugar propício para nos desenvolvermos é lógico de que faremos.

Fiquei pensando então onde é que elas crescem... Os meios para cultivar bactérias vem dentro de potes, são uns pozinhos nada cheirosos. Um dia fui ler o rótulo de um deles. Para a minha surpresa o que continha naquele potinho tão inocente era nada mais, nada menos do que um farelo feito de cérebro e coração de algum animal. Mais uma semelhança aí... Seres crescendo em cima de outros, aproveitando-se do resto da energia que sobrou. Alguma lembrança de sua vida lhe passou em sua mente agora??? Pois é, na minha também.

Andei pensando sabe... Estão moendo gente... Sim... Estão moendo a gente! E mesmo valendo tanto... Entrego o meu de mão beijada...

domingo, 2 de maio de 2010

Adiando planos

"Ninguém disse que era fácil.
Ninguém nunca disse que seria tão difícil".
[The Scientist - Coldplay]

E do jeito que sou teimosa, mesmo se me dissessem eu teria tentado e fracassado de qualquer forma...


sábado, 1 de maio de 2010

A cor dos argumentos

"Eu tenho idéias e razões,
Conheço a cor dos argumentos
E
nunca chego aos corações".
[
Fernando Pessoa]

Sempre ouvi dizer que o essencial é ter argumentos, não importa se o que você quer não faz o menor sentido, se houver argumentos que os sustente provavelmente você será ao menos ouvido. Mas meus argumentos acabaram... e cansei de ter que te convencer. Aqui sempre parece que eu falo e falo e nunca nada é dito. É estranho te contar meus mais profundos segredos sabendo que no fundo você não se importa. Mas também, quem haveria de se importar? Quem algum dia se importou com as besteiras que passam por aqui?
No fundo me sinto sempre sozinha, talvez porque eu realmente esteja... Talvez seja só isso mesmo. E eu sabia desde o começo, mas é que eu teimo em me enganar sabe? As coisas parecem mais fáceis quando a gente não espera nada. Coloque um pouquinho de expectativa e você verá seu universo em uma grande explosão.
E depois me culpam por passar mais tempo no meu mundo do que por aí...