sábado, 10 de março de 2012

A tristeza vem com data marcada.

Agora tem um dia, um mês. E o ano para o fim do mundo, talvez seja 2012. Bom, talvez o fim de algum mundo... Nossa, passaram-se tantos anos, e isso ainda me perturba. O que incomoda não é a felicidade alheia, eu não seria tão má. E também não é o fato de que eu seja infeliz, porque não o sou.
O que entristece é que um após outro, ano após ano, relacionamento após relacionamento, o meu tempo sempre zerou.
E a pessoa que um dia tanto amei, escolhe continuar o caminho sem mim...
De começo você pode até pensar: - "ah... isso passa, dói, mas passa".
Realmente passa. Dói! Mas é fato que passa. Mas o problema não é a dor, é a confusão de nunca entender o porquê!

"Você um dia vai ser muito feliz com alguém", "eu não te mereço", "você é muito boa pra mim", "eu sofreria isso por você se pudesse"...

Não quero me autoflagelar, mas é difícil entender onde é que o problema está. Onde ele se esconde e porque não aparece. Desculpe se o meu "parabéns ao casal" não é dos melhores, mas não era pra ter saído assim...
Acho que meu presente já foi dado né?! Durante esses anos todos fiquei exatamente onde deveria. Longe!
Mas esse presente não estava na lista...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Hipocrisia

Achei que era um problema comigo. Mas aí olhando as atualizações nesse vasto mundo da internet vi o seguinte comentário de uma amiga:

"Dia Internacional da Hipocrisia.. digo... dia internacional da mulher...

Será que no dia da mulher devemos receber batons, brincos, perfumes, etc?! Será que isso mostra que mulher somos? Se somos "lindas" ao invés de sermos "bonitas"?
Pelo que vejo na mídia e no face, não temos nada mesmo o que comemorar... O nosso estigma de "mulherzinha" continua firme e forte!

Isso me entristece..."

Então, vai falar o que depois disso? Concordo muito com ela! Enfureço-me de ver como uma grande massa das mulheres mantém o foco nos esteriótipos e fortalecem a beleza exterior, até cultuam isso. Sei que esse papo parece só mais uma ladainha que as pessoas feias dizem. Mas não é! Experimente sair por aí, em qualquer barzinho, baladinha, na rua, e verá como a futilidade toma conta. E aí não falo só das mulheres, mas como hoje é nosso dia... Né?!
Não vou ficar aqui só reclamando, apontando dedo para esta ou aquela, também não vou levantar a história da quarta série, sobre fábrica e centenas de mulheres carbonizadas. Só quero que você pare pra pensar e reveja seus valores.

Tá, desabafei...
Agora vou explicar a foto... Quem não conhece a Betty Boop?? Personagem famosa, símbolo de sensualidade. Mas o que muitos não sabem é que esta dançarina de cabaré foi criada na verdade como companheira de um cachorro. Sim, cachorro, Bimbo era o protagonista da trama. Isso faria de Betty... Exatamente! As orelhas compridas foram adaptadas em brincos de argola e a cinta liga virou sua marca registrada. Com o tempo Betty tomou seu espaço. HIPOCRISIA, mulher mais uma vez tem que ter "corpão", pernão pra conseguir ter seu espaço? Ora bolas!
Pra ajudar, o que aconteceu com Betty? Enquanto era coadjuvante, ninguém ligava - deixa ela aí, coitada - mas aí ganhou atenção e... FOI CENSURADA! Isso mesmo!!! Nossa... Por onde começar? Fico cansada só de pensar, parece que minha cabeça entra em parafuso e posso até sentir os pensamentos efervescendo...
Não são tempos de revolução, de sair por aí com faixas, queimando sutiãs. Mas a opressão não pode ser aceita calada, o protesto mesmo que pacífico deve ser feito. A justiça deve ser requisitada e a liberdade de expressão e principalmente, de pensamento, deve ser praticada. Enquanto houver dias para nos lembrar que somos "especiais" não haverá igualdade! Seja qual for, dia do orgulho gay, da consciência negra, criança, idoso... Pra mim datas comemorativas ou são para aumentar o consumismo ou para alienar.
Por isso meu bem, minhas queridas, pensem em quem vocês são, antes de subir no salto; pense em como vocês são femininas, antes de se maquiar; pensem que estar bela é ótimo, mas SER bela é o que realmente prevalece. E pra futilidade e imbecilidade não há disfarce, então comece por aí...

Mas... Feliz Dia Internacional da Mulher.

Não é isso o que eu deveria dizer?


"Nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem"
[Pagu - Rita Lee]

quarta-feira, 7 de março de 2012

Sobre viajar, escrever e ter coragem

Prometi que voltaria a escrever e tentarei manter os post's atualizados. Bom, se eu conseguir honrar com minha promessa provavelmente os assuntos se tornarão mais pessoais e os acontecimentos mais reais. Talvez eu me torne um pouco mais humana, normal ou até comum...
Com medo desse risco, hoje não falarei muito de mim. Falarei de uma pessoa que talvez tenha muito dela em mim e por isso acabe falando um pouco de mim também... Confuso? Pois é, também me perdi. Voltemos um pouco então.
Há alguns meses - no coração o tempo parece bem maior - uma amiga muito querida mudou para um pouquinho mais longe do que eu esperava. Sim, minha linda Paty está em Coimbra! E sempre que falo dela, estufo o peito e encho a boca de orgulho pra dizer que minha amiga está lá, estudando, conhecendo, sendo feliz!
E por muitas vezes eu quis ser espontânea e corajosa como ela.
Aí, de repente algo essa semana acontece e me faz ver as coisas um pouco diferente. É lógico! Como não vi antes??
Alguém do trabalho, entre um relatório e outro me chama e diz:

-Lembra de 'fulana'? Tá em Londres, vejo as fotos no facebook... Que inveja!! E eu aqui...

Poxa... inveja porquê? Lógico, todos querem conhecer lugares diferentes, pessoas novas, e deixar todos babando com as fotos publicadas. Mas peraí. O que faz dessa pessoa ou daquela mais feliz que eu?
Sempre sinto um pouco de revolta quando alguém faz um comentário desse tipo. Primeiro, porque ofende um pouco. Depois, porque, que diferença fará? Talvez essa pessoa não saiba aproveitar o momento. O sol se põe aqui como se põe debaixo da torre Eiffel, se você não pára pra desfrutá-lo aqui porque faria em outro lugar?
As pessoas realmente enxergam felicidade em coisas muito esquisitas...
Enfim, o que tento dizer é que não importa onde esteja. Mas sim o que você faz com isso, se isso te traz felicidade ou não é com você.
Alguns perseguem a felicidade, outros a criam. Preocupe-se mais com sua consciência do que com a sua reputação. Porque sua consciência é o que você é e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, não é problema nosso... É problema deles. Brilha onde estiver, porque ser feliz não depende de mais ninguém e "o meu paraíso é onde estou"...
É claro, que conhecendo minha amiga e esse turbilhão de sentimentos que ela é, terão dias difíceis sim, saudade do que ficou longe... Mas terão os dias maravilhosos, as paisagens dignas de um quebra-cabeça da Grow. E ela sabe como viver isso, ah se sabe! E ela sabe também que cada um que a ama e se importa com ela, dará um jeito de se fazer mais presente.
Não sei quais são os planos da Paty, mas com certeza sei que ela aproveitará essa oportunidade como só ela sabe fazer e eu acompanharei cada suspiro agora, cada passo dela lá na cidade das escadinhas! ;)

terça-feira, 6 de março de 2012

A nossa história é faz de conta ou é faz acontecer?

Me faça um gesto, me faça perto
Me dê a lua que eu te faço adormecer
[O Teatro Mágico - Nosso pequeno castelo]

Essa semana já comentei algo sobre o que me faz feliz. Às vezes penso se não deveria ser mais exigente ao invés de ver em tudo algo bom, em gestos simples e sinceros, motivo para acreditar.
Perdi e encontrei a fé na humanidade tantas vezes que não sei se existe um número para expressar quantas. Mas acho que acreditar faz parte, porque quando menos espero, encontro nos becos escuros da vida, um vagalume que brilha e não mede esforços para tentar vencer a escuridão.
Versos são novamente poéticos e a melodia de novo faz sentido. Em meio a tanta briga, tantos papéis amontoados, tantas tarefas e tantas saudades, sinto que por hora estou naquele estranho equilíbrio emocional. Reagindo proporcionalmente às emoções...
Não seria certo, não seria correto deixar de acreditar agora... Não, não... O vagalume merece minha esperança.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Entra no balão!!!

Os últimos dias têm sido realmente cansativos no meu trabalho, mas até aí tudo bem, tudo normal...
Quem convive um pouco mais comigo sabe que necessito de algumas mudanças vez ou outra e realmente tenho que fazer algo para modificar essa situação. A gente se acomoda até com coisas ruins.
Enfim, tenho me estressado muito no trabalho, as horas extras e os serviços cada vez mais acumulados estão desgastando a todos, mas nem reclamaria. Primeiro porque não sou de fazer corpo mole com nada e segundo que quem precisa não pode se dar ao luxo de jogar tudo para o alto.
Mas hoje se não fosse pelo balão eu teria feito algo que talvez me arrependesse amanhã. Tá... vou explicar qual é a do balão.
Há umas duas semanas uma estagiária me viu um pouco nervosa e com uma voz mansinha me disse: "-Entra no balão Mih..."
Hein?
Balão? Que balão doida?
E ela juntando os braços de forma que formassem um círculo disse: "-Vi num filme uma vez uma menininha fazer isso toda vez que ficava muito nervosa, fazendo o balão ela se acalmava".
Naquele momento eu ri e o ambiente ficou mais leve. E hoje eu precisei entrar no balão, respirei fundo, mentalizei a cor azul e respondi calma e educadamente as palavras grosseiras do chefe.
Não foi fácil manter a calma, mas eu fingi ter paciência...


"A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência"Paciência - Lenine

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Como foi minha história de amor


Tem aquela frase que diz: 'Quem cria expectativa gera frustração'. A única conclusão que me vem na cabeça é que EU GERO FRUSTRAÇÃO!!

Bom, falando assim dá pra se perder e depois de meses sem escrever nada, além de lembretes para o mercado e avisos para o chefe, é até meio mal educado chegar esperando que os outros entrem no meu ritmo. E hoje, mais do que nunca, sei que nada se pode fazer para que alguém ande no nosso compasso. Sabe aquele dia em que você só fecha os olhos e pede para que tudo termine bem? Esse é um deles... Mas, sem dramas. Vamos falar de amor.
O amor é mutável e se adapta como a maioria dos sentimentos humanos. A gente não tem em quem se espelhar. E fica ainda mais difícil sem saber se o certo é casar, namorar, namorar dois ou três, ficar sozinha... A gente não sabe, a gente tem é que sofrer pra aprender! E de alguma forma, isso é o mais bonito de tudo.
Eu queria alguém que a presença fosse agradável. E depois de alguns anos de relacionamentos eu encontrei essa presença. Tudo era bom, os momentos eram mais divertidos. Aquela pessoa pela qual vale a pena fazer planos. Você pode beijar 10 pessoas, mas se você beijar uma que você quer muito; tem outro gosto... Eu me apaixonei, não fiz por querer...
Eu tinha tudo e por caprichos e luxos eu perdi. Me pergunto, porque eu fiz isso? Porque meu Deus? Tinha problemas, mas era melhor deixar como tava. Fingir que nada tava acontecendo...

O ser humano é insatisfeito por natureza. A partir disso cheguei a uma conclusão: a gente tem que levar as coisas ao extremo. Se é pra sofrer, vamos fazer direito! Vamos lá, você tem o que a perder? Ninguém morre de amor, então extraia o máximo dessa experiência! Admita, ame, chore, sofra e repita esse looping quantas vezes houver necessidade. Visto isso eu comecei a analisar os casais que eu conheço e pensar o que eu quero quando eu tiver um relacionamento.

Não achei nenhum casal!

Então, pensei. É, tudo, tudo eu não vou encontrar, então comecei a analisar o que é importante pra mim e do que eu não abro mão dentro de um relacionamento e cheguei aos 5 itens:

1 - Sintonia: A pessoa tem que querer a mesma coisa que você! Sincronicidade!
2 - Admiração: Beleza é importante. Lógico, não dá pra cobrar beleza se você for muito feio (haha). O que você acha bonito pode ser diferente do que eu acho bonito. Tem que ser bonito pra você, não para seus amigos. Mas você tem que admirar sobretudo, caráter!
3 - Respeito: Tem coisas que você não deve fazer porque não gostaria que fizessem com você. Isso a gente deve ter com todo ser humano.
4 - Putaria: Tem que ser bom pros dois.
5 - Humildade: Nem todos os dias a gente acorda com o cabelo liso, com a pele brilhando, parecendo que dormiu maquiada. Amanhã você pode acordar parecendo um panda, não exija da outra pessoa algo que você não é. Seja humilde! Perfeição não existe.

Depois disso tudo cheguei a conclusão de que se a sorte não bater a minha porta outra vez, eu fiz o que me coube e entenderei que os meios fazem o fim valer a pena. Fui feliz o tempo que nos coube e por mais difícil que seja dizer 'eu não quero', foi a decisão certa a fazer. Abrir mão de algumas coisas pode ser uma forma de liberdade e abrir oportunidades para que novas coisas tomem seu lugar, ou não...
Só sei que neste mundo de tantos anos, entre tantos outros. Que sorte a nossa, hein?! E quem foi que escolheu a nossa sorte?

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sobre e-mail e a diferença entre ignorar e abstrair

Sempre preferi dar um bom exemplo, do que seguir um mau...

Li algo parecido com isso uma vez, não sei quem disse, mas também pouco importa. Não faz diferença (pelo menos pra mim) quem fala, me importa se o que tem a ser dito é digno de ser ouvido. Nesse caso, pra mim é. Ma
s, como todos vivem de esteriótipos, pode dizer que foi Dalai Lama, Chico Xavier, sei lá... Clarice. O que acharem mais merecidos de serem lidos. Até mesmo porque se disser que foi meu vizinho, que tem 7 cachorros e que trabalha no Paraguai, poucos darão credibilidade ao texto...

Mas enfim, me peguei pensando sobre isso. Acontece que essa semana recebi um e-mail, que me fez questionar muitas coisas. Dizia - entre palávras ásperas e mal escolhidas - que se eu fosse agir "dessa" forma, era melhor sumir.
Parei pra pensar o que teria feito eu para merecer tais palavras, mas aí o pensamento se aprofundou... O que teria feito de mim um ser tão poderoso a ponto de poder escolher estar ou não na vida de alguém? Tenho mesmo o direito de opinar sobre isso? Creio que não...
Acredito que todas as pessoas que entraram
e que permanecem na minha vida foram com meu consentimento.
Tentei reavaliar minhas atitudes e já que estavam sendo incômodas para pessoas que eu considero, resolvi modificar... Mas ao fazer algo "certo", algo "bom", não recebi nenhuma palavra de retorno. NADA, nadinha...

É engraçado como a maioria das pessoas tendem a reforçar o ruim, o que lhes desagrada... Enquanto aquilo para o qual deveriam realmente valorizar não o fazem...

Podem dizer que é papo de gente roots, de bicho grilo que eu sempre fui, de gente zen que não liga para o senso comum. Mas passamos muito tempo cultivando o ódio, a raiva... Enquanto deveríamos ver o amor que existe dentro das pe
ssoas, e que um gesto simples, sem muita importância aparente, foi fruto de grandes reflexões, de noite mal dormida, de refeições puladas e várias lágrimas...

Mesmo sendo pouco ou quase nada reconhecido, ainda prefiro muito mais fazer o que julgo correto do que devolver na mesma moeda...