domingo, 31 de outubro de 2010

Patriotismo pra quê?

Fácil é ser patriota!

É muito fácil vestir-se de verde e amarelo e sair por aí proclamando as maravilhas do país. É fácil em ano de copa vibrar com o jogador da vez, é fácil torcer pelos atletas nas olimpíadas, nem que para isso seja necessário ajustar o despertador para as 3:30 da madrugada.
Assim também como é fácil culpar políticos e mais políticos pelas desgraças que acontecem à nossa volta todos os dias e continuar vivendo confortavelmente trancafiados em casas com muros, cercas, cachorros...
Cheguei à conclusão de que qualquer coisa é mais fácil do que tomar alguma atitude.
Devo estar influenciada pelas eleições e por mais um monte de coisas que vejo na tv. Mas a verdade é que se manter inerte é muito mais seguro. Vi muitas pessoas falando em anular o voto hoje. Gente! Pára tudo!!!
Tá bem, tem toda aquela coisa de protestar contra um governo que não se quer, mas peralá, não é bem assim. No fundo acredito que isso é se omitir. E a nossa omissão leva ao comodismo dos políticos de que tanto reclamamos.
Certo, errado. Não sou eu quem vai determinar, longe de mim... Mas a minha opção faço todos os dias e hoje acredito ter feito uma muito importante.
Ouvi pessoas dizerem... "vota nele por mim". Não senhor, a não ser que depois eu possa bater na porta da sua casa e cobrar tudo que não está bom!
Sei que muitas vezes temos vontade de fazer justiça com as próprias mãos e contradizer tudo o que estamos acostumados. Não! Nenhum extremo é progresso. Mas também não dá pra ficar com a bunda amassando o sofá o dia todo e com a boca costurada pra sempre...

Sabe quem alimenta tudo isso?


"E traz um café, que pão seco é foda".
[Tropa de Elite 2]

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Terapia...

Às vezes só por estar perto já faz com que grandes problemas se dissolvam...




terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sutilmente

Às vezes basta uma palavra, um gesto, um grito, um socorro. Está tudo resumido à uma chance? Tenho que lembrar que palavras ao vento são palavras ao vento e não pertencem a ninguém.
Talvez seja justamente assim e teremos que nos acostumar.
Sei que é difícil amar alguém cheia de espinhos, mas por enquanto penso que a sutileza é o melhor caminho, assim tudo que é feito começa aos poucos e continua se mantendo com doses homeopáticas. Sendo assim nada se faz em demasia, tudo acontece leve e solto.



Difícil é. Até para ser simples exige esforço...


"E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste"
[Skank]

domingo, 10 de outubro de 2010

Now I'm free from what you are*

Músicas esquecidas e sentimentos abandonados. Mas como já falei aqui, mais dia, menos dia... chega o dia da mudança e muitas coisas são deixadas para trás, e hoje fui limpar os pensamentos para enfim caber decisões novas e me deparo (quem diria) com coisas antigas que já nem lembrava mais, coisas que de tanto serem deixadas de lado hoje já nem têm importância de fato.
Mas me trouxeram lições novamente e cá estou de novo refletindo sobre tudo, é bom lembrar e ver o quanto a gente aprendeu e ver que o que está à nossa frente não pode ser tão difícil assim. Olhe o que já passamos, foi tanta coisa ao longo dos anos, muitas lágrimas e sorrisos distribuídos por aí, em colos, ombros e rostos.
Não foi tudo de uma vez e agora também não vai ser... Mas liberdade não se compra! E essa sensação não se esquece jamais...



Cause now I'm free from what you want
Now I'm free from what you need

Now I'm free from what you are

[Audioslave]


*Refrão repetido infinitas vezes para comemorar a libertação... algum tempo atrás...

sábado, 2 de outubro de 2010

E agora, tragam-me o horizonte!

Se antes eu soubesse exatamente o que queria, hoje me conforta saber que a qualquer momento tudo pode ser diferente.
Vejo o sol se escondendo lentamente ao encostar na grama e o céu começando a ficar rosado. Presto atenção no que fiz, e me dou conta do atraso. Sempre penso que muitas coisas estão por fazer e que tenho dívidas comigo mesma, os outros parecem estar tão adiantados...
Sento e organizo meus pensamentos para não enlouquecer, doce ilusão. A loucura já está ali.Vejo as nuvens se unirem e formarem desenhos, e se transformarem em outros e depois em outros e se dissolverem de repente, como se nunca tivessem feito parte de nada.
Talvez tenha que me contentar em ser assim, como as nuvens, e parar de querer mudar o mundo. Creio que sejamos todos iguais, nascemos assim, para mudar as coisas e deixar nossas marcas. Mas vejo hoje que o contrário também serve, e aprendi que estou aqui não para mudar, mas para sofrer essas mudanças.
Então, pra isso não tem pressa, eu aprendo devargazinho o que a vida me ensina, e sentada no meio fio, só posso desejar isso e nada mais. A brisa fria em meu rosto, refresca os pensamentos raivosos que cultivei com cuidado essa semana, e deixo ela levar consigo todos eles. Agora nada mais me importa, só quero o horizonte pra mim.

sábado, 25 de setembro de 2010

O fim é inevitável

Se fosse escrever esse post há uns dois dias viria com a triste notícia de que o Cria-Atura tinha seu fim visível. Viria me despedir, dizer a vocês que foi muito bom e que com certeza me ajudou a manter a sanidade por muitas vezes. Mas que mesmo assim, vou deixar todos vocês que me acompanharam durante todo esse tempo, todos vocês que mataram serviço pra ler o último post tão fresquinho que ainda contém até alguns erros de gramática, que chegaram cansados em casa e viram em meus desabafos que vocês não estavam sozinhos, que se animaram ao me ver contar novidades emocionantes, que compartilharam comigo os seus dias e tiveram a paciência de ler nas linhas tortas as confusões que eu ainda não consigo expressar.
Vi pertinho o fim desse blog que eu gostei tanto de criar, isso aqui que é mais uma desculpa esfarrapada pra dizer o que penso sem ser recriminada por isso.
Enfim, hoje já não estou tão certa de que farei isso realmente... Sabe... gosto daqui...
Penso nas coisas que me deixam chateada, por mais que nunca as tenha dito claramente aqui, sempre me ajudou muito escrever. Talvez isso seja uma má ideia.

É só um botão... vai lá, aperta! Um clique! Que mal pode fazer?Não vai mais ter volta depois, e uma voz baixinha dentro de mim diz que vou me arrepender. Talvez seja minha consciência. Essa tal de consciência também, só aparece quando não deve e nunca nos deixa dar uma resposta, quando vamos começar a argumentar ela se desmancha em pensamento. Seria melhor, preferia que ela se materializasse, nem que fosse em um grilo falante, mas aí pelo menos haveria algum diálogo.

Bem, o final da história vocês já podem imaginar... a mão pesou, o botão parecia longe e o mouse não queria ser arrastado. A verdade é que não queria partir, a saudade dói e odeio fazer a mala.

A verdade vocês todos também já sabem... é que no fundo... gosto muito daqui!





sábado, 18 de setembro de 2010

Por que a gente diz um monte de coisa que não quer dizer? Por que é tão difícil ficar calado quando o coração sofre? Por que amanhã sempre parece ser tarde demais?
Talvez tudo isso seja assim simplesmente porque deve ser. E porque nada é certo e perfeito dentro de nós e com tudo isso que acontece passo a ter cada vez menos certeza das coisas.
Tentei pensar menos na última briga e mais em como tudo começou...

Lembro do dia quente e do seu boné batendo no vidro. Lembro da espera e do fato de estar chateada; lembro que por isso, nem ao menos fui simpática com você; lembro que agi friamente como apenas mais um dia de serviço...
E lembro de nunca ter me surpreendido tanto. Em tudo acontecer tão rápido... tão natural, e sem o menor esforço meu. Exatamente como no primeiro dia.
Lembro de uma noite de muito calor na cidade e de um convite, lembro da dúvida e da exata sensação que senti naquele momento. O que eu lembro depois disso?
Muitas risadas, vários filmes pela metade, horas dentro da locadora, muita pipoca, muita conversa, gestos de carinho. Algumas músicas marcantes, noites de cansaço, noites frias debaixo dos cobertores...
Lembro de continuar rindo mesmo depois de chegar em casa, lembro de continuar te amando mesmo depois de brigas que pareciam não terminar, lembro de continuar com medo, lembro do seu cheiro no meu travesseiro, lembro dos dias... de cada um deles...

E você? Lembra disso?