[O Teatro Mágico]
Parece que a cada dia a gente aprende um pouquinho... Eu entendi que algumas coisas simplesmente acontecem e nada você poderá fazer para evitar. Quando isso acontecer, não adianta reclamar, gritar e nem fazer cara feia. Com o tempo aprendi que o silêncio incomoda muito mais.Tenho uma lembrança no pensamento que vai e volta sempre que me refiro ao passado ou mesmo penso no futuro. Quando era criança e me falavam que eu deveria aproveitar, porque tudo aquilo passava rápido demais.Mas quando se é criança o que mais se quer é crescer, ser tratada como adulto, como uma daquelas pessoas cuja opinião tem alguma importância. Por isso quando me diziam que eu sentiria falta da minha infância não acreditava, o pior é que precaviam que eu só saberia a falta que ela me faria quando crescesse, mas aí já seria tarde...O mesmo aconteceu quando estava prestes a terminar o colégio, louca para sair, experimentar a faculdade... e a falta que muita coisa me faria...
Mais uma vez o destino riu de mim, quando me disseram que sentiria falta da faculdade, da vida universitária, dos estágios, das monitorias, das conversas de corredor, das madrugadas estudando.Pára tudo! Por que tem sempre alguém me dizendo que isso ou aquilo me fará falta? Por que tudo sempre tem que fazer tanta falta? Não basta ter sido feliz no tempo que nos coube?Esse ano começou com muitas coisas novas pra mim, coisas que provavelmente sentirei falta no futuro. Mas dessa vez não permito que ninguém me alerte, vou descobrir por conta própria.
Hoje entendo que essas pessoas, que me diziam isso, não estavam totalmente certas. Sim, é natural que alguns momentos nos tragam nostalgia. Mas toda emoção é um estado temporário.Estou dizendo que sempre haverá pessoas tentando lhes dizer o que fazer e pensar, como se sentir. Provavelmente há pessoas fazendo isso já, certo?Aí é que você pode perguntar: quem disse? Existe sempre dois caminhos. Ambos serão difíceis.
O que determina cada dia ser céu ou inferno é só um gesto, só uma chance. Essa tênue diferença está em um arrepio que corre pela espinha e te sopra a resposta certa. É estranho, essa voz que ouço bem baixinho... parece muito com a sua...
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