quarta-feira, 28 de março de 2012

De um cético pra outro


“Não há problema tão grande que não caiba no dia seguinte.”

Millôr Fernandes

A gente aprende a amar, facilmente. Mas como deixar de amar, de gostar, de admirar?
Não é fácil perder e mais difícil ainda é ter que abrir mão. Ontem, nos deixou, partiu para outro plano... Falem como quiser. Pra mim, o que realmente faz falta é tudo o que essa grande mente ainda poderia criar e será que compreendemos tudo o que ele nos deixou?
Então, cheguei a uma conclusão: Tememos pela morte prematura das coisas, de pessoas e sentimentos. Mas não paramos para pensar que com aquela alma experiente - velha - vai também muita sabedoria. E tudo o que acrescentou aqui? Vai junto? Será esquecido? Ficará empoeirado junto aos livros na estante?
Não se eu puder evitar...

Com sentimentos é algo nesse mesmo sentido. Só é perfeito e belo se sacrificado ainda jovem, o suficiente para não chegar aos erros, às lamentações.
Mas será que todo amor maduro é improdutivo? Começo a acreditar que não...

Não fui feita para aceitar perdas. E aí faço como agora? Respiro fundo e leio as frases, agora cada vez mais repetidas, e termino com meu adeus. Com pesar no coração, espero que as pessoas não esqueçam suas palavras e vejam a vida (um pouco) através delas, com maior humor!
E embora o pesar agora, Millôr sempre fez de mim alguém com mais motivos para sorrir...

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