domingo, 10 de janeiro de 2010

Os mistérios terminam na Rua Baker

"Você vê, mas não observa".

Se quer minha opinião é muito bom!
Decidi que de hoje não passaria. Resolvi em cima da hora que iria na próxima sessão. Me arrumei bem depressa, o trânsito não ajudou muito e como prega a lei de murphy, peguei quase todos os semáforos fechados, atravessei a cidade para satisfazer minha necessidade de ver o filme legendado, mas enfim cheguei.
Subo as escadas correndo, ansiosa... e... fila!
Tá certo, não vou me desesperar, perco os trailes. Não vou gostar, mas perco.
Compro a entrada e mais fila pra pipoca, mas valerá a pena.
Entro no corredor (aquela passarela vermelha do Boulevard é o máximo!!) e chegando na sala 3 não enxergo absolutamente nada. Lá vou eu procurar um lugar... alguns imprevistos. Nada demais.
Sentada ali, diante daquela tela imensa, sem piscar pra não perder nenhuma cena...
Fico confusa, pois perdi os primeiros minutos, mas logo recupero o enredo.
Adoro a magia do cinema, só de estar ali, de ver meus atores preferidos na tela, de me apaixonar, rir, chorar, vale cada centavo. Adoro cinema! A paixão começou ainda criança, quando fui pela primeira vez. As cadeiras, o cheiro de pipoca... concentra, o filme já tá passando.
A câmera se movimenta rapidamente, me deixa tonta, mas filme de investigação requer isso... precisa percorrer todo o ambiente sem dar tempo para que você visualize muitos detalhes, mantendo assim o suspense.
A primeira frase de impacto... tentei anotar mas na escuridão não consegui nem achar um papel dentro da bolsa, falava sobre detalhes...
E sobre tudo o que eu tinha feito até chegar ali, sair correndo, apressada, sem prestar atenção em nada...
Parei de pensar em qualquer outra coisa e me fixei no filme, era só eu ali e uma cena após a outra. Fiquei vidrada no filme, nos diálogos, no figurino, nos movimentos rápidos da câmera.
Acabou e eu fiquei ali, vendo os créditos subirem. Sem pressa...

Saio devagar, volto para casa observando os carros, todos os sinais estavam verdes, cheguei em casa muito mais rápido do que na ida... algumas coisas são terrivelmente irônicas.
Mas agora aprendi que não é preciso ter pressa. Já tive alguns problemas e cometi alguns enganos por tentar manipular as situações, por querer ver resultados mais rápidos, mas não há como obter resultados sem obter vivência e isso é construído aos poucos, um tijolinho em cima do outro, assim, sem pressa... como a volta pra casa!



E pra quem ainda não foi ver, com certeza vale a pena! E depois me conta qual foi a lição que você tirou...

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